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X-Men: Dias de um Futuro Esquecido (2014) | Primeiras impressões

Nesta semana fomos convidados pela Fox para a cabine de imprensa de X-Men: Dias de um Futuro Esquecido e também para uma coletiva de imprensa com os atores Patrick Stewart e James McAvoy que estão no Brasil para promover o filme.

Bom, vou tecer as primeiras impressões que tive. Pode ficar tranquilo que não vou dar spoiler, vou seguir na mesma pegada que fiz com O Espetacular Homem-Aranha 2: A ameaça de Electro | Primeiras impressões.

Muita gente vai ver este filme achando que, por ter de volta Bryan Singer na direção, o longa vai juntar as pontas com X-Men: O Confronto final, porém o que vemos é mais uma continuação de X-Men: Primeira Classe do que qualquer outra coisa. Então esqueça quase tudo que você viu nos três primeiros filmes – e digo mais – esqueça também o que aconteceu nos dois filmes do Wolverine. As referências são poucas perante o que já foi produzido, acredite mais que esse trabalho segue adiante a herança deixada por X-Men: Primeira Classe.

X-Men: Dias de um Futuro Esquecido (2014) | Primeiras impressões

Isso vai agradar os fãs devotos dos mutantes? Creio que não! Mas para os menos apaixonados, a vida segue tranquilamente.

Como todo mundo sabe (ou se não sabe ainda, antes de ir ao cinema, conheça a história de X-Men: Dias de Um Futuro Esquecido nas HQs), o filme é sobre uma viagem no tempo, mas não foram muito longe. Pararam na década de 70, mais precisamente no ano de 1973. Você vai ver quase todos os personagens de sempre, Wolverine, Tempestade, Sir Patrick Stewart e Ian McKellen e mais a multidão de mutantes desse universo. Aliás, esse é um ponto que me deixa bastante confuso. A inserção de mutantes é tão grande que se você não tiver um bom conhecimento deste universo, sua cabeça é capaz de dar um nó de marinheiro. Isso aconteceu comigo e para não acontecer com você: conheça cada mutante que aparecerá em X-Men: Dias De um Futuro Esquecido.

X-Men: Dias de um Futuro Esquecido (2014) | Primeiras impressões

Professor Xavier e Magneto param de brigar entre si e se unem para combater as modernas máquinas chamadas de Sentinelas, muito diferente do que estamos acostumados a ver, tanto nos quadrinhos quanto nos desenhos animados. Pareciam mais androides do que uma sentinela de verdade, mas a premissa segue a mesma: elas tem a capacidade de detectar genes X e de se adaptar facilmente aos poderes dos mutantes. Essa “guerra”, vamos se dizer, se deve ao fato da Mística (do passado) ter assassinado o cientista Bolívar Trask (Peter Drinklage) – aliás, para quem gosta do trabalho dele em Game of Trones, também vai gostar de sua atuação neste filme – por causa de sua influência no Governo americano, que foi primordial para considerarem os mutantes uma ameaça, tornando oficial o programa das Sentinelas (criado por ele). Após esse assassinato, aquela velha história das ações do passado refletirem drasticamente no futuro.

X-Men: Dias de um Futuro Esquecido (2014) | Primeiras impressões

A história, em si, gira em torno do Professor Xavier (James McAvoy), do Magneto (Michael Fassbender) e, em segundo plano, da Mística (Jennifer Lawrence). E o Wolverine? Bom, desta vez o filme não é “só dele”. Ele é importante para toda a história, mas a porra toda rola com os três citados anteriormente. Erick Magnus está brilhante como vilão, tanto que você não vai sentir falta de cenas com o Magneto do futuro. Já Charles Xavier, por sua vez, está desacreditado da vida (muito pelo que foi tirado de si no Primeira Classe, e também por não acreditar num futuro tão brilhante para os mutantes). Fica clara a proximidade do jovem Charles Xavier ao idealista Professor Xavier do futuro, muitas das características de Xavier de Patrick Stewart  começam a aparecer no Xavier de James McAvoy. Quanto a Raven, ela tem uma visibilidade que não deram nos outros filmes. Basicamente, quando não se tem cenas do Xavier, Magneto ou  Wolverine, temos a Mística batendo em todo mundo.

X-Men: Dias de um Futuro Esquecido (2014) | Primeiras impressões

Os momentos mais descontraídos do filme rolam nas cenas com Peter Maximoff, o Mercúrio, que em nenhum momento do filme é chamado como tal, e sim, apenas como Peter. E isso se deve a questões de direitos autorais ligadas à Marvel Studios. Bom, por mais que tenham reclamado do visual dele, digo que suas cenas serviram para quebrar o gelo do peso dramático que paira o filme. Evan Peters está bem a vontade no papel, pra mim essa foi uma das grandes surpresas do filme. Mas, após sua aparição, eu fiquei pensando em como será a atuação de Pietro (Peter, que seja) Maximoff na sequência de Os Vingadores, aí a Marvel vai ter problemas (e dos graves diga-se de passagem).

X-Men: Dias de um Futuro Esquecido (2014) | Primeiras impressões

Já o Hank Mackoy continua do mesmo jeitão que vimos em X-Men: Primeira Classe, com algumas diferenças, claro, em relação ao término  do Primeira Classe, mas tudo isso é bem explicado no filme.

Lince Negra (Ellen Page) é a mutante responsável por mandar Wolvie pra dar um rolê no tempo, e tem apenas a responsabilidade de fazer com que ele se mantenha lá até conseguir resolver as coisas e poder salvar o futuro dos mutantes (algo muito importe por sinal). Devido ao seu poder de regeneração, ele é o único capaz de suportar uma longa viagem no tempo sem ter seu cérebro desmantelado. Digo que ela tem uma importância maior nesse filme em relação aos outros e isso foi bom. Singer aproveitou pra explorar um pouco mais alguns mutantes que nos outros filmes beiravam o figurismo. E não digo que em alguns momentos isso não aconteça, mas dessa vez acho que mutantes/figurantes não aparecem tanto quanto no que já foi produzido sobre os X-Men.

X-Men: Dias de um Futuro Esquecido (2014) | Primeiras impressões

Os momentos finais de X-Men: Dias de um Futuro Esquecido são aterrorizantes e chega a dar uma certa agonia, coisas que você jamais pensou que pudesse acontecer vão ser mostradas e tudo que você deseja naquele momento é que Charles Xavier, Hank McKoy e Wolverine consigam resolver tudo rapidamente pra agonia passar.

A nova sequência dos X-Men tem muitas pontas soltas e alguns problemas. Eu acho que Bryan Singer não está nem um pouco afim de amarrá-las por agora, e em relação aos problemas, num mundo de fantasia tudo é possível. Acredito mais que Primeira Classe se tornou o filme definitivo dos X-Men em vez dos três lançados anteriormente. E, partindo desse ponto, é melhor construir novas histórias do que tentar aparar as arestas ou consertar o que já foi feito de errado.

No geral, esse é um filme com menos cenas de luta e mais diálogos, cenas dramáticas e/ou esclarecedoras de alguns fatos. Apesar da bagunça que fica na sua cabeça às vezes, por tentar identificar quais são todos os mutantes presentes, o filme no geral é ótimo e, sem sombra de dúvidas, é o melhor filme dos X-Men feito até então.

X-Men: Dias de um Futuro Esquecido (2014) | Primeiras impressões

Depois que acabar, pode continuar na cadeira e aguardar os créditos eternos acabarem até que você possa identificar que ali existe uma cena pós-créditos. Ao assistir essa cena, você vai ficar boladão e vai querer que outro filme dos X-Men seja lançado o mais rápido possível!

PS: que pastelão fizeram com a Anna Paquin,  depois de tantos rumores sobre sua participação ou não, fizeram uma verdadeira merda.

Essas são apenas as primeiras impressões, a resenha definitiva está aqui: X-Men: Dias de um Futuro Esquecido (2014) | Resenha


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Escrito por Bruno Fonseca

Fundador e editor-chefe do PL. Jornalista apaixonado por quadrinhos, filmes, games e séries.

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