Por Roberto Segundo do canal do YouTube “A Hora Suave”
Os anos 80 foram uma década bem maluca para a sociedade no geral e não teria como ser diferente nos quadrinhos. A DC passava pelo turbilhão que era a “Crise nas Infinitas Terras” e toda a reformulação dos seus principais medalhões que o evento trouxe. Em meio ao caos da restauração de cronologia que a editora passava, surgia a “Liga da Justiça internacional”.
Sem poder usar todos os grandes personagens daquele universo, os escritores Keith Giffen e J.M. DeMatteis optaram pelo humor. Era dado início para o que hoje é conhecido como “Liga cômica” ou “Liguinha” (para os mais íntimos) e foi publicado pela Panini como “Lendas do Universo DC: Liga da Justiça” por aqui.
Após o trágico fim da Liga Detroit, os heróis se reúnem para uma nova tentativa da LJA dar certo. Mas nem tudo sai como o esperado. Na estranha equipe formada por Batman, Caçador de Marte, o Lanterna verde Guy Gardner, Capitão Marvel, Canário Negro, Sr. Destino, Besouro Azul, Senhor Milagre e Oberon, existem mais conflitos a serem resolvidos dentro da equipe do que fora dela.
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Entre uma disputa de egos para quem vai ser o líder, uma figura misteriosa articula o futuro dos heróis por trás dos bastidores. Seu nome e Maxwell Lord.

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A trama pode parecer simplista, até mesmo porque ela é, mas a verdade é que toda essa fase, que começa a ser publicada pela Panini no formato “Lendas do Universo DC”, se sustenta muito mais pelos seus diálogos do que a tradicional fórmula de desafios heroicos.
Mas não é só o roteiro recheado de tiradas sarcásticas e humor rápido que chamam a atenção do leitor. A arte do então estreante Kevin Maguire, é um dos pilares que faz essa ser a melhor fase de todos os tempos da Liga da justiça. Expressivo e dinâmico, o artista entrega o humor necessário em cenas até mesmo sem nenhum diálogo.
As situações dentro do pandemônio que é a equipe desorganizada também acabam sendo melhores do que o desafio inicial da equipe. Como esquecer da clássica cena em que Batman derruba Guy Gardner com apenas um soco?
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Ao final de sete edições temos a revelação de Maxwell Lord que pretende transformar a equipe em uma marca mundial, abandonando a alcunha de América e incluindo a palavra Internacional no lugar. O início de uma fase que durou quase uma década não poderia ser melhor e é obrigatória para qualquer fã de quadrinhos que aprecie obras fora do padrão de super-herói que estamos acostumados.
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