O que esperar de um título protagonizado por Dinah Lance no meio de uma turnê com uma banda de rock? Black Canary era um verdadeiro mistério na nova DC Comics desde que o título foi anunciado, no início deste ano. Spin off de Batgirl? HQ adolescente indie? Reboot de uma das mais queridas personagens do universo DC?
A resposta é: Nenhuma das alternativas anteriores. Black Canary é a estreia de um título com personalidade própria que se sustenta com as próprias pernas e que dá um rumo inesperado para uma das personalidades mais fortes desta editora.
O roteiro de Brenden Fletcher na edição de estreia põe Dinah em uma situação bastante diferente do que está acostumada. A moça não é uma frontman nata e isso fica aparente nas cenas de shows. A turnê de Canário Negro (que é o nome da banda) começa conturbada, com apresentações interrompidas por causa de misteriosos ataques à vocalista, destruição das casas de shows, fãs admirados/assustados e um verdadeiro caos.
No meio dessa bagunça somos apresentados à banda que forma o elenco de apoio da HQ: A centrada baterista Lord Byron, líder da banda e principal interlocutora nesta história; A emburrada tecladista e geek tech Paloma Terrific e a misteriosa e muda guitarrista prodígio conhecida como Ditto.
O único cara no elenco de apoio é o atrapalhado produtor chamado Heathcliff, mas não se preocupe. Ele não passa nem perto de interesse romântico da protagonista nesta edição.
Dinahestá no palco aparentemente pelo dinheiro. A protagonista é uma cantora incrível, mas relutante. Ela precisa da grana, mas tem que cumprir este contrato. Isso a coloca em uma situação bem desconfortável.
Pondo em risco seus companheiros de banda e fãs. Fletcher conduz a história com naturalidade, apresentando os personagens de maneira fluída. A HQ alterna o tempo todo entre diálogos conflitantes revelando um pouco dos bastidores da turnê de uma banda de rock e as cenas de ação que mostram o que Dinah faz de melhor: enfiar a porrada em vagabundo.
A destruição e o caos que seguem a banda por todos os seus shows dão aquele ar meio decadente das turnês de bandas da década de 1970-80 em lugares pequenos e isso dá uma cara muito diferente para esta publicação.
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