SPOILERS sobre Avengers versus X-Men. Se você ainda não leu isso, pelamor… Tome vergonha na cara e leia.
A capa e os previews de Uncanny X-Men 23 anunciam o testamento de Charles Xavier. Um assunto que ficou pendente desde a morte do Professor X no final de Avengers vs X-Men. Na verdade esta edição ainda trata algumas repercussões do conflito dos X-Men com os nano-sentinelas e a S.H.I.E.L.D. na edição passada, a situação de Cristal e Hijack, o rolo entre Ciclope e Eva Bell e a introdução de um novo e extremamente poderoso mutante na revista. Portanto a parte do testamento é somente introduzida neste número.
Brian Michael Bendis faz um trabalho razoável gerenciando várias linhas narrativas interligadas e escrevendo muito diálogo aqui. Temos boas cenas entre Ciclope e os alunos da nova escola Xavier, além da presença marcante da Mulher Hulk (que parece ser a única advogada do Universo Marvel na Costa Leste, já que Matt Murdock foi forçado a se mudar para a Califórnia recentemente). Além disso nada muito chocante ou empolgante neste número.
A arte de Kris Anka não me agrada nem um pouco. Seu traço meio “mangazóide” é inconsistente, por vezes pendendo para o oriental e em outros para o ocidental, mas sem originalidade ou brilho algum. Esta edição lembra muito aqueles episódios de Cavaleiros do Zodíaco onde você via que o time de animação era o reserva e não o titular. Desenhos fracos, caracterização ruim e colorização sem brilho.
Uncanny X-Men 23 é mais uma propaganda do arco que se inicia do que o início da leitura do testamento em si. A edição ainda trata muita coisa pendente dos conflitos anteriores e o ritmo narrativo é bem lento. Apesar disso, os diálogos são bons e as relações entre o elenco são bem exploradas nesta edição. A arte aqui é uma desgraça. Kris Anka não serve pra desenhar elencos deste tamanho e talvez até nos mais reduzidos ele já tenha alguma dificuldade. Aguardo ainda a próxima edição para relatar de fato o que há de especial no testamento de Charles Xavier.
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