Criado e escrito por Andrzej Sapkowski, a franquia “The Witcher” que tem jogos e uma série recém lançada pela Netflix, conquistou a cultura popular na última década e agora também com livros. O que podemos falar sobre o material base que inspiraram a criação de um universo literário? Vem que eu te conto.
“The Witcher Vol.1 – O Último Desejo” é o primeiro livro da série, servindo como uma abertura para o universo que Sapkowski se propõe a construir. Aqui vemos Geralt de Rívia, tanto um bruxo sagaz e habilidoso quanto um assassino impiedoso e de sangue-frio treinado desde a infância para caçar e eliminar monstros. Seu único objetivo: destruir as criaturas do mal que assolam o mundo. Um mundo em que nem todos que parecem monstros são maus e nem todos os que parecem anjos são bons.
Usufruindo muito bem das 320 páginas em que discorre seu texto, Sapkowski traz uma narrativa não linear (de contos com começo meio e fim) bem interessante. De certo, sua narrativa é franca e fluída – mérito também do ótimo trabalho de tradução do material, o que permite uma leitura de fácil imersão apesar de, vez ou outra, a linguagem soar formal demais.
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Entretanto, os contos desse primeiro livro não deixam de estimular um aspecto mítico e filosófico ao seu leitor em meio as tramas cativantes. E ainda que baile interessantemente pela moral conveniente a natureza humana sem tirar os pés do chão, Sapkowski usufrui de um humor ácido justaposto bem-vindo.

Temos aqui uma introdução de universo bem feita e executada. Sempre conciso, o livro dá vida ao grande e mutável universo em que Sapkowski planeja atuar, sem abrir mão de um protagonista estoico frente a força avassaladora da natureza em que se resume o mundo a sua volta.
De certo, “The Witcher Vol.1 – O Último Desejo” acolhe seus leitores em uma narrativa atraente e, por vezes, divertida. Sendo um livro que recomendo bastante a quem se interessar por uma jornada literária marcada pelo folclore instigante de uma fantasia bem arquitetada.
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