Bruno Fonseca
No início de 2024, um evento curioso chamou atenção: um grupo de terraplanistas organizou uma expedição à Antártida com o objetivo de provar que a Terra é plana.
Com a ajuda de Will Duffy, um padre do Colorado que financiou o projeto “The Final Experiment”, três defensores da teoria participaram presencialmente, enquanto outros acompanharam online.
O plano, no entanto, tomou um rumo inesperado quando o fenômeno do sol da meia-noite, observado na região polar, desmontou uma das premissas centrais do movimento.
O objetivo da expedição
Os terraplanistas acreditavam que a Antártida seria uma gigantesca parede de gelo que circunda os oceanos da Terra plana. A viagem foi concebida para documentar essa visão, mas o fenômeno do sol da meia-noite – em que o Sol permanece visível 24 horas durante o verão polar – provou ser um divisor de águas.
Veja como foi dando play no vídeo abaixo.
A mudança de perspectiva
Jeran Campanella, um dos principais defensores do terraplanismo, admitiu publicamente o erro. Em suas palavras: “Achei que não existia sol de 24 horas, mas vi com os meus próprios olhos.” Essa experiência transformou sua visão e destacou como a observação direta pode mudar crenças profundamente arraigadas.
Veja a “descoberta” do sol da meia-noite pela expedição dando play no vídeo abaixo.
Reações e controvérsias
A admissão de Campanella gerou reações variadas dentro da comunidade terraplanista. Muitos o acusaram de “vendido” ou “fantoche”, enquanto outros sugeriram que o movimento atrai seguidores mais interessados em visibilidade do que em defender uma teoria séria.
Impactos e reflexões
A viagem, financiada com cerca de 35 mil dólares, reacendeu debates sobre pseudociências e a importância de confrontar crenças com evidências concretas. Para muitos, o caso serve como exemplo de como a ciência e a observação podem desmantelar ideias baseadas em desinformação.
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A jornada dos terraplanistas à Antártida revela mais do que uma tentativa frustrada de provar uma teoria: mostra o impacto transformador do confronto com a realidade. Enquanto alguns continuam resistindo às evidências, outros, como Campanella, demonstram que a busca pela verdade pode levar a reviravoltas surpreendentes.
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