Sky Oceans: Wings for Hire | História interessante com ritmo cansativo

RPGs de turno sempre foram meus favoritos, não apenas pela boa história mas sua maneira de tornar a experiência mais tática e desafiadora. Quando “Sky Oceans: Wings for Hire” foi anunciado pela PQube e a Octeto Studios, senti uma pontada de alegria na esperança que poderia ser algo nostálgico e diferenciado. 

Os trailers brilhavam meus olhos ao assistir, trazendo uma animação de anime sem igual. Teríamos lutas, exploração e uma ótima história a ser contada com protagonistas carismáticos. Porém, já deveríamos ter aprendido a não confiar em trailers, já que o sentimento de frustração e cansaço foi muito maior durante minhas horas de gameplay.

+ Assista o trailer abaixo.

Conheceremos o protagonista, Glenn Windwalker que está estudando para se tornar um grande piloto de combate assim como seu pai que acabou sumindo após uma missão que tem em torno de si grandes mistérios. Em uma vila contaremos com seus melhores amigos que farão parte das batalhas, não podendo faltar de jeito nenhum em um rpg de turno. 

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A simplicidade da história é divertida, trazendo algo que não é grandioso, mas que consegue cumprir seu propósito nesse quesito do roteiro do que deveria ser o game. O buraco dos problemas é em outro lugar, já que o salvador em me manter ainda com o controle em mãos foram os personagens carismáticos.

O visual nostálgico deixa a gente confortável trazendo algo simples, porém os controles de câmera, personagem e interação são extremamente horríveis. Entendo a intenção de querer “emular” algo da época, mas com o que temos hoje ninguém deseja jogar dessa maneira que deixa tudo mais complicado. Até mesmo no mapa acabava me perdendo um pouco, sendo necessário depender sempre dos marcadores para não ir pelo caminho errado.

O ambiente mesmo rico em coisas e possibilidade de falar com quem está no cenário, ele não é totalmente aberto. Teremos diversas barreiras invisíveis irritantes no meio do caminho que sinceramente nem precisavam estar ali, mas para o jogador sempre seguir o programado da campanha fizeram essa péssima escolha.

As cores do game são algo positivo, sendo elas bem marcantes e vibrantes. Ela torna o visual agradável aos olhos durante a jogatina, me lembrando os games da Bandai que seguem um caminho semelhante nesse quesito.

A trilha sonora não é nada incrível, mas funciona bem para o game, mas que pode se tornar esquecível. Já os sons ambientes acabam sendo um problema, já que muitas vezes temos diversos bugs. Não apenas bugs de som como também de imagem, no qual o personagem sumia ou o diálogo não mesclava com o áudio, sendo bem desmotivador.

As batalhas são interessantes mas que também se tornam cansativas, já que a experiência não tem nenhuma mudança. Talvez se existisse a possibilidade de desabilitar a animação de ataque e defesa pra tornar tudo mais dinâmico e rápido, toda essa parte não seria tão incômoda e cansativa, já que ela parece sempre tomar o maior tempo na campanha. 

“Sky Oceans: Wings for Hire” pode ter coisas boas, mas se torna tão cansativo que o lado ruim é quem realmente ganha destaque. Nem sempre fazer algo nostálgico significa apresentar algo datado para o público, que mesmo gostando do estilo anos 90 precisa de algo atualizado e que também chame a atenção do novo público.