As histórias de H.P. Lovecraft sempre despertaram uma grande curiosidade para os amantes da literatura, sendo levados depois para o cinema e principalmente para o mundo dos games. Dessa vez, temos uma aventura romântica cheia de puzzles e emoção.
Em “Call of The Sea” estaremos no corpo de Norah, que decide fazer uma viagem para uma ilha misteriosa em busca de seu marido, Harry que deseja encontrar uma cura para a doença de sua amada. Diante dessa viagem, estaremos em busca de Harry e descobrindo um pouco mais sobre a ilha e seus mistérios desafiadores.
Antes de chegarmos à ilha, conheceremos um pouco a personagem e seu marido através de cartas, páginas de livros escritas por eles e lembranças. Não apenas naquele momento, mas até mesmo durante nossa exploração dentro dela. O apego que acabamos tendo pela personagem é algo de outro mundo.
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Os puzzles não serão fáceis, muitos contém informações que encontraremos no mapa naquele momento em específico, que irão ajudar a abrir uma porta, liberar a passagem de uma ponte e até mesmo disponibilizar mais informações que vão nos guiar para frente da história. Uma dica bacana é estar com um caderninho de lado quando estiver jogando, dessa forma você não precisa ficar olhando o livro de descobertas toda hora na hora de montar os quebra-cabeça, tornando tudo mais rápido.
O design do game é muito rico, trazendo elementos em um formato de aquarela em sua paisagem e jeito sombrio com sua inspiração em H.P. Lovecraft, dando um charme todo especial para “Call of The Sea”. A mecânica é simples e não apresentou falhas em nenhum momento, e olha que ainda tive a oportunidade de jogar alguns dias antes do lançamento oficial. Digo isso já que muitos games ainda trazem erros, que são corrigidos para sua data, mas esse foi um caso que estava tudo liso e sem problemas, pelo menos não encontrei nenhum que fosse gritante a ponto de precisar compartilhar.
A dublagem é incrível, trazendo o sotaque britânico bem chamativo para a personagem e um pouco de suas origens em questões familiares. Em alguns momentos até lembrei de “What Remains of Edith Finch”, que apresenta puzzles e toda a trajetória de Edith querendo saber mais sobre essa doença misteriosa que certa sua família, semelhante a de Norah em certos aspectos.
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“Call of The Sea” com toda certeza foi um favorito no final de 2020, tornando meu começo de 2021 ainda melhor. Sua exploração e forma de usar a mente são bem estratégicas, em que o jogador não vai sofrer e apenas se deliciar com uma história, que mesmo as vezes trágica pode ser também romântica.
“Call of The Sea” está disponível para PC e Xbox One das séries X e S.
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