Como um dos mais aguardados jogos de 2020, “Cyberpunk 2077” chegou ao PC e consoles com um lançamento digno da complexidade que divide opiniões.
Jogando como V, você buscará por um implante único que é a chave para a imortalidade – e para salvar a sua vida. Tudo isso enquanto explora as oportunidades de uma megalópole obcecada por poder, glamour e modificações corporais: Night City.
Mas então, ante o mar dividido de opiniões sobre o jogo, vale a pena dar uma chance? Veja na análise abaixo.
Com a proposta base de imergir seu jogador em uma realidade futurística distópica, “Cyberpunk 2077” tem um mundo aberto interessante, boa ambientação, uma cidade bem arquitetada e detalhada. Dessa forma, explorar Night City é como andar pelas estradas de uma megalópole que cresceu de forma desordenada cujo futurismo não soa tão distante.
Fato é que a cidade realmente nunca dorme, e sempre te oferece uma atividade bem disposta pelo mapa a medida em que você trilha sua jornada. Tiroteios, assaltos, roubos, resgates, tudo isso e muito mais ao seu dispor.
A trama principal de “Cyberpunk 2077” é muito bem estruturada e envolvente, no que o enredo cativa o jogador ante sua proposta base. E mesmo que seja um roteiro curto, de 25h de jogatina no máximo, as missões principais se dividem de forma fluída e interessante ao jogador.
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Em contrapartida, são nas missões secundárias que as tramas de Night City ganham uma vida a mais. Nelas que vemos a personalidade de V e suas relações com os personagens secundários ganharem vida, bem como conhecemos melhor as figurinhas que fazem essa megalópole acontecer. Felizmente o mapa está cheio dessas missões!
“Cyberpunk 2077” tem uma jogabilidade funcional, com abordagens diversas para resolver qualquer tipo de treta. Mas apesar disso, o stealth soa trabalhoso e os tiroteios mais interessantes e rápidos. Outro ponto a ser destacado, é que todos esses cenários e formas de agir serão influenciados pelo modo como você desenvolve sua árvore de habilidades.
Por exemplo: você consegue articular melhor com seus contatos a medida em que sua inteligência sobe de nível, assim podendo ganhar mais dinheiro em contratos e missões. Você tem uma vasta cadeia de habilidades e ações disponíveis que refletem sua preferência de jogo.
Por outro lado, mesmo curtindo a possibilidade que o jogador tem de expressar sua ideia de gênero e sexualidade, a customização de “Cyberpunk 2077” é fraca. A criação do personagem no começo da jornada é definitiva (sem edição possível depois), e conta com poucas opções de escolhas nesse processo. Sem contar que a possibilidade de editar sua genitália é completamente dispensável, e que não agrega em absolutamente nada ao jogo.
Também senti falta da possibilidade de ocultar determinados itens equipados, como os itens de cabeça, por exemplo. Não poder encarar a face limpa do meu personagem criado por causa dos itens equipados é bem chato.
Estou jogando “Cyberpunk 2077” em um PlayStation 4 Slim e aproximadamente 50h de jogatina. Nesse processo, tive apenas três momentos em que o jogo crashou, e duas vezes em que bugs sérios me fizeram reiniciar a missão em que eu estava.
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Mas dito isso, acredito que “Cyberpunk 2077” seja um jogo que cumpre com a proposta enquanto de ter uma aventura divertida e interessante. O jogo vale muito a pena, em especial a jogadores que se interessam por essa temática e estejam dispostos a abrir mão de gráficos exorbitantes e desempenho exorbitante nesse primeiro momento.
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