A gente vê várias obras por aí sendo expandidas para outras plataformas; Filme se tornando jogo, livro virando série e por aí vai se alternando. Nem sempre a obra original é superada e consegue ser melhor, se tornando raras as vezes que isso ocorre. Porém, em “A Quiet Place: The Road Ahead” vemos o filme sendo superado pelo vídeo game, se tornando ainda melhor.
+ Assista o trailer abaixo.
Nessa versão jogável da história não temos os personagens que vemos no filme, mas sim um jogo núcleo de sobreviventes que teremos o controle dentro daquele caos. Teremos o controle da personagem Alex, uma jovem que precisa viver com alguns pesadelos do começo da invasão e agora novos desafios. Após uma busca por remédios e comida, seu namorado acaba sendo morto por uma das criaturas, deixando-a devastada e com a notícia de que está grávida.
Teremos flashs do dia 1 dessa invasão mostrando Alex com seu pai, seu namorado, a mãe dele Laura e seu pai. Porém, jogaremos entre os dias 110 a 130, contando com passagem de tempo no começo. Nessa dinâmica entenderemos mais quem é Alex e sua relação conturbada com Laura, que culpa a jovem pela morte de seu marido e também pela de seu filho. Após descobrir a gravidez de Alex, decide prendê-la em seu quarto para que não fuja e traga perigo para o bebê. Não esquecendo que todos vivem em uma comunidade dentro de um hospital e Laura meio que comanda o lugar.
Durante nossa jornada passamos por vários lugares para chegar até uma espécie de balsa, no qual fugiremos de barco. Nesse tempo encontraremos vários monstros e precisaremos da maneira mais silenciosa possível para não ser pego por eles. Aprenderemos a desativar armadilhas, caminhar silenciosamente e entender como os monstros funcionam para identificar os sons e atacar. Teremos a possibilidade de usar garrafas e tijolos para despistar os sons, mas devemos agir rápido já que eles sempre voltam.
Teremos momentos de puzzles para ligar alguma luz, encontrar itens e até mesmo chegar ao destino da história de maneira mais “fácil” mesmo que trabalhosa. Um dos desafios que enfrentaremos é que Alex tem asma, então quando os monstros se encontram muito próximo ela começa a respirar mais rápido e nossa barra do pulmão vai mudando de cor. Devemos encontrar remédios no mapa que podem ajudar ou bombinhas de ar para ajudar a se recuperar. O que facilita também é a máquina que detecta a frequência dos sons, ajudando e medir quando acaba sendo muito alto e corremos perigo de aparecer alguma criatura, ajudando a medir como devemos andar por cima de alguma poça de água ou cacos de vidro.
A exploração do game é divertida de ser feita, principalmente o desafio de não fazer barulho. O modelo de ativação do microfone para captar o áudio do jogador torna tudo mais emocionante, já que qualquer susto pode nos fazer gritar e assim os monstros chegarem matando. Joguei com microfone ativo e foi um desafio, já que meus gatos decidiam miar em momentos que o silêncio era necessário, mas tornou tudo ainda mais divertido.
Os gráficos e sons do game são ótimos. Em nenhum momento tive problemas com áudio do jogo, apenas com o gráfico que em alguns poucos momentos rolava um pequeno bug, mas nada que fosse atrapalhar a jogatina. O único grande incômodo talvez fosse a música, que toda vez que tinha algum perigo emitia um som muito alto e iniciava uma música tensa. Acabava dando um susto as vezes sem necessidade, ocorrendo até mesmo quando não tinha absolutamente nada por perto, se tornando extremamente chato.
A história e os personagens são ótimos. O roteiro é bem escrito e que só final deixa uma brecha bacana para uma possível DLC ou continuação, expandindo ainda mais aquele mundo. Os personagens apresentam personalidade, mostrando bem o quanto o trabalho de dublagem foi importante.
“A Quiet Place: The Road Ahead” apresenta uma boa história e ótima gameplay, e que mesmo com alguns problemas é um ótimo game para se passar um tempo e desafiar aquele amigo que não para de falar a ficar calado por um tempo.
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