Quando surgiu notícias sobre um live action de “Dora, a Aventureira” quase ninguém botou fé. Ainda mais porque o projeto estava nas mãos de Michael Bay na produção e poderíamos esperar uma garota na selva explodindo coisas. Ainda bem que tudo não passou de especulação e como a Nickelodeon assumiu a produção do filme, o resultado foi um bom entretenimento para “Dora e a Cidade Perdida”.dora
Dirigido por James Bobin (Muppets), o filme se apoia como base no desenho consagrado pelas crianças, mas traz um lado realista, cômico e divertido que brinca com seus paradigmas, se torna contagioso e com bom humor na medida certa para agradar todos públicos. A surpresa aqui se deu pela ótima adaptação.

Dora (Isabela Moner) foi criada na selva por seus pais (Eva Longoria e Michael Penã). Graças a educação de exploradores natos, aprendeu a enfrentar todos os perigos e a sobreviver aos inúmeros desafios. Um dia, seus pais decidem partir em busca da cidade perdida de “Parapata”, no Peru, e Dora é enviada para a Califórnia.
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Animada e contagiante, a pobre garota não imaginava que a vida do colegial traria desafios que ela nunca havia enfrentado antes. As coisas são ainda mais complicadas por ela parecer deslocada e perdida, mesmo com a presença de seu primo Diego (Jeff Wahlberg). Sem esquecer a antipática Sammy (Madeleine Madden) e o bobão Randy (Nicholas Coombe). Sua vida e de todos sofrem uma reviravolta quando eles vão para no Peru e junto com ajuda de Alejandro (Eugenio Derbez), precisam encontrar “Parapata” e salvar seus pais.

A grande aposta de “Dora e a Cidade Perdida” é na diversão. A identidade criada há anos pelo desenho da visão caricata, alegre, com músicas e ensinamentos, serve como base para apresentar e servir de referências na trama. O lado cômico se prende a abusar da maneira lúdica da personagem, tanto que até mesmo os seus coadjuvantes, ficam perdido na maneira como Dora age, especialmente quando ela quebra a quarta parede.
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Ainda sobra tempo para a história explorar a curiosidade por outras culturas, especialmente a indígena e seu papel no mundo, mas sem esquecer o lado descontraído que entrega fortes referências de “Indiana Jones” e nos apresenta uma heroína e desbravadora. Essa aventura tem algumas derrapadas no roteiro, mas nada que afeta o trabalho no geral.

Apesar de rostos conhecidos como Eva Longoria e Michael Penã e outros atores que são essenciais para o apoio da história, a atuação de Isabela Moner é um show a parte por transparecer o carinho, atenção e cuidado que atriz trouxe em criar uma Dora no mundo real. Não podemos esquecer da participação da voz de Benício Del Toro (Swiper) e Dany Trejo (Boots).
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James Bobin com seus outros trabalhos soube trazer uma experiência para todas as idades, especialmente por brincar com o lado fantasioso e real em suas adaptações. Sua tonalidade divertida e caricata, faz o público se sentir atraído ainda mais para o desfecho (mesmo com a viajada na história).

“Dora e a Cidade Perdida” é um bom entretenimento e boa diversão para todas as idades, mesmo com forte influencia do desenho, o longa se sustenta pelo lado divertido.
O filme estreia em 7 de novembro de 2019. Assista ao trailer abaixo.
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