Quentin Tarantino pode não ter uma filmografia consideravelmente extensa como diretor, mas sem dúvida alguma é um dos nomes mais conhecidos da indústria cinematográfica contemporânea. Iniciando sua carreira dentro do mundo do entretenimento aos 22 anos, quando escreveu seu primeiro roteiro, não seria até ele entrar para uma videolocadora em Manhattan Beach que ele sairia de suas aulas de atuação e viria a construir um nome bastante importante e influente dentro de seu meio.
Seu primeiro filme como diretor não insurgia até 1987, com My Best Friend’s Birthday, um projeto amador que já capturava a essência a ser utilizada por Tarantino em suas obras mais famosas: o resgate das obras neo-noir dos anos 1950 e 1960, incluindo a composição em preto e branco e as narrativas e irreverentes, seriam de suma importância para caracterizar o cineasta como um nome contraditório, materialização do clássico e do contemporâneo, do nostálgico e da constante reinvenção.
Tarantino também ficaria conhecido como o rei dos diálogos, uma honraria que faz jus àquilo que é capaz de nos causar com uma simples sequência, seja de ação, seja de puro drama. Em Kill Bill Vol. 1 (2003), são poucas as pessoas que não se recordam dos momentos em que Beatrix Kiddo (Uma Thurman) atinge uma drástica e angustiante epifania sobre quem realmente são seus inimigos, quem ela é, de fato, dentro de um mundo perscrutado por mentiras e traições. Já em Bastardos Inglórios (2009), é automático nos lembrarmos da cena em Brad Pitt diz ao seu grupo de soldados que sua missão é matar nazistas – misturando um ácido humor com cenas da mais pura violência.
E falando nisso, o cineasta também ficaria conhecido por suas habilidades estéticas e imagéticas, principalmente pelo uso memorável e aplaudível das lentes 70mm. Além da violência supracitada, que permeia sem escrúpulos os ápices de seus longas-metragens – sem exageros, um banho de sangue -, Tarantino também se basearia nas narrativas não-lineares para envolver o público, dividindo os blocos em inúmeros capítulos e brincando com o conceito de tempo – como sua produção mais recente, Os Oito Odiados (2016).
Entretanto, não podemos deixar de falar que o famoso e quase intocável nome desse gênio da sétima arte também foi protagonista de diversas controvérsias, incluindo seu relacionamento condescendente com Harvey Weinstein, chegando a admitir que tinha ciência dos inúmeros abusos que o famoso produtor cometera e que não fizera nada a respeito, e até mesmo com Roman Polanski, o qual defendeu durante uma entrevista em 2003 acerca de mais alegações de estupro.
De qualquer forma, enquanto aguardamos a estreia de seu nono e penúltimo filme da carreira, Era Uma Vez em Hollywood, com estreia prevista para este ano, separamos uma singela lista com suas melhores produções desde sua estreia na indústria. Confira abaixo e não se esqueça de deixar seu comentário!
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