Frequentemente sou abordada por pessoas que dizem ter tentado acompanhar um anime da atualidade, mas que acabaram desistindo com o pretexto de que a história não prendia a atenção. Foi pensando nessas pessoas que decidi fazer essa resenha.
Nanatsu no Taizai (Os Sete Pecados Capitais) foi lançado em Outubro de 2014 e conta a história de um grupo de guerreiros que viviam na região conhecida como Britânia. Após surgirem boatos de que haviam conspirado para derrubar o Reino Liones, esses guerreiros se separaram e desde então ninguém sabe o que aconteceu com eles. Após 10 anos, os Cavaleiros Sagrados do Reino Liones se juntaram para destronar o seu atual rei, bem como para assumirem o poder. Uma das princesas do reino, Elizabeth, consegue fugir e segue em busca dos Nanatsu no Taizai, na esperança de que eles possam ajudar a tirar os Cavaleiros Sagrados do poder. Nessa jornada, Elizabeth acaba indo parar em um bar onde conhece seu proprietário bastante atrevido e o seu porco de estimação.
Certo, a premissa não é nem um pouco inovadora. Mas, não é isso que deveria prender a sua atenção e sim a forma com que um enredo essencialmente popular e comumente usado em animações foi desenvolvido. Como em muitos outros animes, os rumores envolvendo o grupo de guerreiros são de que eles seriam extremamente fortes. O que costuma acontecer em outros títulos é que – as vezes – a expectativa gerada não corresponde à realidade mostrada.
Em Nanatsu no Taizai o que muito me surpreendeu é que eles são sim, muito fortes (eu diria que “roubados” de tão fortes) e em suas lutas não nos deparamos com qualquer tipo de hesitação por parte de alguns destes lutadores. Pelo contrário! Eles vão com tudo, e não medem esforços para destruir completamente seus oponentes. Até mesmo quando estão “pegando leve”, ou lutante entre si, a intensidade de suas lutas é muito empolgante.
Outro ponto que muito me agradou foi que a força extrema do grupo não se concentra em seu líder, Meliodas. Todos os integrantes são poderosíssimos e não são desvalorizados em nenhuma luta. Por exemplo, Ban é imortal. A apelação começa por aí e continua pelo fato de que o guerreiro é extremamente habilidoso e forte, sem contar que tem uma personalidade muito cativante e um passado triste e interessante. Isso é bastante animador para aqueles que simpatizam com personagens secundários e acabam se desapontando com as vezes em que eles são pouco aproveitados.
E novamente – para minha alegria – pude desfrutar de um anime em que as mulheres são caracterizadas como fortes guerreiras e não são poupadas de batalhas arriscadas (que isso se multiplique cada vez mais, daqui pra frente). Diane é uma gigante com uma força enorme e resistência maior ainda. Até mesmo a própria Elizabeth, que lamenta muitas vezes no decorrer da animação por não poder ajudar seus amigos a lutarem pelo fato de não possuir poderes como os deles, acaba mostrando sua verdadeira força no momento oportuno.
Acredito que um outro sucesso foi a boa dosagem dos gêneros abordados. O humor aparece nos momentos certos, contrabalanceando bem com os momentos sérios, de forma que prevaleça o que deve se destacar naquele determinado momento da trama, sem que haja exageros.
Pela forma com que a história é contada, somado às lutas intensas e interessantes, não tem como terminar um episódio sem automaticamente buscar o próximo para saber o que vai acontecer em seguida. Particularmente, assim que terminei de assistir os episódios, fui logo buscar os capítulos do mangá para saber o restante. Um detalhe final, as duas aberturas são daquelas que grudam (principalmente a primeira). Por sorte, as duas são muito boas e vale a pena ficar com elas na cabeça o dia todo.
Nanatsu no Taizai é indicação certa e garantia de diversão. Confira o trailer a seguir:
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