Alguns games de escolha andam muito na moda atualmente, tendo vários títulos como “Until Dawn”, “The Dark Pictures Anthology”, “Detroit: Become Human” e muitos outros que lembram algo que poderia ser assistido no cinema ou em um serviço de streaming.
Agora foi a vez da 2K junto da Supermassive Games tirar sua ideia do papel de uma boa história, contando um pouco a aventura de terror em “The Quarry”, em que acompanhamos um grupo de jovens que precisam sobreviver ao seu dia extra no acampamento de verão Hackett’s Quarry.
+ Assista o trailer abaixo dando play.
Em nossa campanha teremos os personagens: Abi, Ryan, Emma, Kaitlyn, Jacob, Nick e Dylan. Todos estão ali apenas por um motivo: serem monitores de crianças em um acampamento de verão por dois meses. O dono, Chris Hacket, é um pouco misterioso, mas segundo Ryan, é um cara legal que sempre o ajudou com conselhos da vida – faculdade, trabalho e família – sendo o mais antigo dos monitores no acampamento.
Em “The Quarry” enfrentaremos uma criatura que poderia ser digna de um ótimo filme da década de 80, se pensarmos em clássicos como “Sexta-Feira 13″ (1980) e “Uma Noite Alucinante – A Morte do Demônio” (1981). Porém aqui temos a chave que são as possibilidades de escolha, em que certos diálogos e ações influenciam nas relações dos personagens e sua sobrevivência, então pense nisso a todo momento.
É claro que vários finais são possíveis, então caso acabe ocorrendo um não tão satisfatório, não tem problema, já que a intenção do game é fazer com que os jogadores aproveitam a história várias vezes e de muitas maneiras, sempre tentando os diversos caminhos.
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Algo diferenciado nessa história é a possibilidade de rebobinar, em que teremos cinco vidas que poderão ser gastas para tentar a morte trágica de algum personagem que você gosta muito, possibilitando fazer uma escolha diferente. Isso acabou sendo ótimo em minha campanha, que mesmo tendo raiva de alguns personagens, senti vontade de salvar um em específico que quase acabou indo para o saco ao escolher o caminho errado.
E pelo fato de ter um número limitado de vidas, faz com que aquele que está com o controle em, mãos pense bem antes de gastar essa chance de salvamento.
Os personagens contêm uma ótima característica, totalmente digna de um ótimo terror em que sentiremos nervosismo e raiva pela situação que todos estão. Algumas ações e opções sobre os personagens muitas vezes me irritavam, mas de maneira positiva, trazendo a mesma sensação de quando assisto filmes de terror com jovens carregados de hormônios e descrença que algo sobrenatural está rolando.
O mapa é bem grande, se passando muitas vezes em vários hectares os capítulos com os personagens, seja na cabana principal, na ilha no meio do lago ou na área das cabanas que as crianças dormem durante o verão com a torre de rádio em que são feitos os anúncios. Não é um mundo aberto, mas a área de exploração para aquele momento acaba sendo satisfatório, já que devemos procurar itens colecionáveis ou qualquer pista que será um destaque para nossa host do game e aos créditos ao término da campanha.
Os itens de coleção foram bem interessantes de se encontrar. As cartas de tarot, que servem para revelar cenas futuras do game, aparecem de maneira inesperada, em que a câmera fica desfocada e a carta aparece em primeiro plano. Porém se encontrarmos mais de uma no mesmo ambiente do capítulo, só poderemos escolher uma para aparecer na bola de cristal da vidente, Eliza .
Os gráficos se mantêm no mesmo estilo de “Until Dawn”, e poderia dizer com tranquilidade que ficaram até melhores, mas mantendo o mesmo traço característico que já vimos dos mesmos desenvolvedores. A riqueza de detalhes, seja nos personagens, ambientação e itens presentes fazem com que fiquemos imersos dentro daquele mundo assustador.
Talvez o único problema que senti algumas vezes em “The Quarry”, é o fato de ser clichê, mas digo isso para muitos que vão jogar e podem se incomodar, já que para mim funcionou tranquilamente. E algumas vezes alguns problemas de som ocorriam, principalmente com a dublagem em Pt-BR, que parecia mais alta do que deveria ou fora de sincronia.
E por último algumas cenas às vezes durante a campanha pareciam não se encaixar na cena, querendo ser apenas um take artístico. Porém nada que faça você desistir de jogar, apenas um detalhe.
No fim das contas, “The Quarry” é o clichê de terror em forma de game, apresentando personagens interessantes e irritantes, muito sangue, uma família bizarra e uma figura assustadora. Para aqueles que curtem um terror trash, esse é o título que vale a pena ser jogado várias vezes, dando a possibilidade de conhecer todos os finais propostos.
Porém para aqueles que não tem paciência e acham o clichê fora de moda, infelizmente você não está preparado para essa fabulosidade em forma de game. E como já é dito muitas vezes durante o game, “O que não tem mata, pode te fortalecer”.
“The Quarry” está disponível para PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One, Xbox Series X e Series S, Microsoft Windows.
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