O “Cavaleiro da Lua” chegou materializando uma nova e significativa aventura para os espectadores de plantão. Afinal, depois de tanta coisa já mostrada pela Marvel, algo de novo tinha que sair e aqui aconteceu.
Acompanhamos Steven Grant e Marc Spector dividirem o mesmo corpo enquanto se deparam com os muitos mistérios dos deuses do Egito. Mas ainda sim, o que podemos esperar da primeira temporada dessa nova série heróica? Vai vendo!
De começo, “Cavaleiro da Lua” já chama a atenção por toda sua estética noturna e de ligeiro terror psicológico frente a mitologia egípcia. Mas mais do que uma estética bonita, toda essa atmosfera acaba sendo muito bem executada no decorrer da primeira temporada da série.
Ou seja, apesar dos eventuais tropeços que vemos, os episódios acabam conseguindo demonstrar uma construção narrativa concisa em cima dessa atmosfera. Assim como facilmente envolver sua audiência nela – e isso tudo de forma bem criativa, devo dizer.
Mas penso que, como a lua, nessa primeira temporada a série apresenta oscilações significativas em seu desenvolvimento geral – o que, sinceramente, parece ter virado um padrão da parceria Marvel/Disney+. Quero dizer, muitos dos episódios apresentam a sensação de pressa em estabelecer logo os contextos do universo da trama, sobretudo relacionados ao panteão de deuses egípcios.
E talvez por isso, não somente a solidificação das bases desse universo seja comprometido como, também, possibilite o que acredito ser um furo de roteiro considerável nos episódios finais da temporada. O que é uma pena.
Ainda sim, no geral penso que os enredos e personagens de “Cavaleiro da Lua” acabam sendo abordados e desenvolvidos de forma minimamente satisfatória. Talvez o bastante para passar um leve pano nas oscilações dessa temporada e esperarmos por uma seguinte.
O que me leva a outro detalhe sútil, mas importante: a série não se preocupa em se situar de alguma forma no universo cinematográfico da Marvel. Quero dizer, ela faz parte desse universo, mas nem por isso você a vê tentando marcar lugar e/ou presença no mesmo – seja com referências, outros personagens e afins. Acho isso realmente muito legal, e um incentivo a mais para quem só quer assistir uma série heróica sem precisar de mil e um contextos vindo de obras a parte.
Por fim, iniciar a primeira temporada de “Cavaleiro da Lua” é começar uma jornada que atrai e envolve pela sua narrativa e estética visual, mesmo que esta ainda tropece em uma pressa desnecessária de tornar claro um universo que, por contexto, é marcado pelo mistério da noite.
A primeira de “Cavaleiro da Lua” está disponível no Disney+.
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