Em outubro de 2021 estreou o filme “O Último Duelo”, longa baseado no livro de mesmo nome de, Eric Jager, e dirigido, por Ridley Scott (Blade Runner), que conta a história real do estupro de uma nobre no sec. 14, durante a Guerra dos Cem Anos.
Marguerite, interpretada por Jodie Comer (que ultimamente tá até na sopa), casada com o cavaleiro Jean de Carrouges (Matt Damon, o cara mais deixado pra trás em missões espaciais) é estuprada pelo desafeto do marido, Jacques Le Gris (Adam Driver, mais conhecido como “o feio que satisfaz”) quando se encontrava sozinha em seu castelo.
Ela decide contar ao marido que era mais bruto que o PIB da China, que processa Le Gris e leva ao Rei Carlos VI, o Rei Louco. Como não havia provas do crime, ficando palavra de uma contra palavra do outro, um duelo foi marcado. Quem vencesse revelaria quem estava dizendo a verdade. Carrouges e Le Gris duelaram até a morte. Um ponto digno de nota aqui, é que estupro não era um crime contra a mulher, mas sim contra a honra do marido. É, pois é! ?
A história de “O Último Duelo” rola em três atos. Cada um sob a ótica de um dos envolvidos, finalizando com a verdadeira versão: a de Marguerite.
Tecnicamente é um filme excelente. Mas é preciso cuidado, pois ele tem um potencial gigantesco de causar os piores gatilhos. Principalmente o terceiro ato, em que a brutalidade e violência masculina para com as mulheres da época é mais evidenciado. A cena do estupro, por exemplo, é passada e repassada de acordo com a versão de cada um, ou seja, incomoda e muito!
A ambientação e a forma que a história é contada em “O Último Duelo”, é bem fiel aos relatos e documentos da época. A cena do crime em si, teve sua brutalidade amenizada e o duelo foi exageradamente épico no filme, apesar de o vitorioso ter sido o mesmo.
Você pode achar “O Último Duelo” um pouco arrastado durante suas 2h30min, mas vale a pena reservar um tempinho pra assistir e refletir em como nossa sociedade evoluiu pouco nas questões que o filme aborda. Não é meu lugar de fala, mas não é difícil olhar à sua volta e ver que não é fácil ser mulher na nossa sociedade. Nunca foi!
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