De volta ao tabuleiro do jogo cósmico, Lúcifer busca agora um “lar” no pós-morte para a bruxa Sycorax – que ressuscitada, recebeu três dias de vida. Porém, mais do que concluir o arco iniciado no volume anterior, é certo que “Lúcifer Vol. 2 – A Divina Tragédia” vem para reafirmar mais uma vez o status quo digno e característico do Anjo Caído.
Enquanto uma nova guerra se arquiteta, o Portador da Luz parte solitariamente em uma jornada pelos submundos das várias mitologias/religiões existentes, sejam elas familiares ao leitor ou não. Então, será o primeiro dos caídos capaz de encontrar um “lar” adequado para sua outrora conjugue? Estará ele pronto para uma nova guerra com as forças celestiais? Descubra a seguir.

Com essa premissa em pauta, Dan Watters propõe uma progressão agradável a trama de Lúcifer. Afinal, seu roteiro aqui discorre de uma signa de “causa e efeito” fundamentada e que soa bem arquitetada aos leitores. Ou seja, o roteiro enxuto do volume tem linearidade palpável, sem rodeios, de narrativa imersiva e de fácil compreensão.
Ainda sim, talvez o que mais impressione neste volume seja o êxito de Watters em executar uma reafirmação de status quo digna do ardis de Lúcifer. Não que fosse difícil, mas certamente é algo que valoriza a leitura da trama. Visto que se “A Infernal Comédia” argumenta de um momento de vulnerabilidade do arcanjo, “A Divina Tragédia” clareia o peso de sua existência no jogo cósmico. É como diz Cazuza em “O Tempo Não Para”, “se você achar que eu estou derrotado, saiba que ainda estão rolando os dados”.

Quanto a arte, os Fiumara e Kelley Jones expõem um trabalho satisfatório. Não há mudanças drásticas desde o último volume, é verdade, mas as cores vibrantes de Dave McCaig continuam a impressionar tanto agora quanto antes. Em fato, o lado artístico do volume valida o universo da trama de modo condizente a sua imersiva leitura.
“Lúcifer Vol. 2 – A Divina Tragédia” é uma conclusão de arco competente e certo de agradar aos leitores do volume anterior. Não esquecendo sequer de reafirmar o que faz este quadrinho interessante: a atmosfera diversa e alegre.
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