The Window Box é um jogo no estilo “Visual Novel” bem diferente dos que estou acostumada a ver. Produzido pela novata Sundew Studios, é o primeiro jogo da empresa de jogos indie.
Antes de mais nada, vamos por partes. “Visual Novel” é um tipo de jogo onde o foco está na narrativa e é sempre muitíssimo bem acompanhado de uma trilha sonora gostosa, textos e imagens. Pode parecer não tão dinâmico, mas a ideia é prender o jogador em uma história com início, meio e fim, com alguns momentos onde há escolhas, puzzles, etc. Enfim, o foco é a interação e imersão.
A história se passa na casa de Elsa, uma das personagens, onde ela convida suas antigas amigas da faculdade para uma manhã calma e tranquila, antes do tão aguardado almoço de reunião. Óbvio que nada é tão simples quanto parece, e seus planos vão por água abaixo com a chegada de uma terrível tempestade que as deixa presas em casa.
O game consiste em explorar cada um dos cômodos da casa, realizando os mini-puzzles e descobrindo pouco a pouco a história de cada uma das personagens.
Mas o que ele tem de tão diferente dos jogos desse mesmo tipo?
A princípio, o que me chamou a atenção (além de ter amigas me indicando), foram os gráficos. As cores e os desenhos são chamativos, exagerados mesmo, é o tipo de jogo que consegue te comprar apenas pelo visual, e no final, você se surpreende com uma história profunda e cheia de mistérios.
Pode parecer bobo, mas de uma maneira super lúdica e sutil, ele trata de assuntos como relacionamentos, abuso emocional, maternidade vs. carreira, e tudo isso se desenvolve no jogo de forma em que você ajuda as personagens a lidar com os conflitos em suas vidas. Não é difícil de se identificar com alguns dos dilemas, o medo de demonstrar sentimentos e lidar com a solidão, por exemplo, foi um dos diálogos que mais me deixou reflexiva.
Afinal, o que é uma casa a não ser uma caixa com janelas?
The Window Box está disponível na Steam e você pode jogar clicando aqui!
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