Shazam! traz uma das mitologias de super-herói mais legais já criada durante a era de ouro dos quadrinhos. E olha que isso não é pouca responsabilidade para o universo cinematográfico da DC Comics.
Pois bem, Shazam! conta a história de um garoto de 14 anos de idade chamado Billy Batson, que recebeu de um antigo mago, o dom de se transformar em um super-herói adulto. Ao gritar a palavra SHAZAM, o adolescente se transforma em sua poderosa versão adulta para se divertir e testar suas habilidades. Entretanto, ele precisará aprender a controlar seus poderes para enfrentar o malvado Dr. Thaddeus Sivana.
Shazam! é um longa-metragem que chegou cercado de promessas e responsabilidades. Ele é de longe o filme mais honesto e envolvente produzido pela Warner/DC desde “Batman: O Cavaleiro das Trevas” (2008). Não que os outros não tenham lá sua dose de honestidade e envolvimento, não é isso… Mas Shazam!, é certamente diferente de tudo o que já foi apresentado pelo estúdio.
Shazam! proporciona ao telespectador (seja ele um leitor de longa data das histórias em quadrinhos do herói ou alguém que simplesmente está indo a sala de cinema porque é o “filme de super-herói do momento”) uma aventura organizada e, principalmente, executada de modo palpável e sucinto. Não importa se você não sabe nada sobre o personagem, o filme foi feito principalmente para este tipo de espectador. Você simplesmente vai aprender na mesma medida que vai rir, se empolgar, se divertir, vai se entreter e também se apaixonar. A palavra mágica tem esse poder.
Ante uma aventura simplista e de certa forma até mesmo lúdica, aprendemos com Shazam! não só as suas heróicas habilidades como também aquilo que é o seu maior poder: família. Sim, o filme consegue trabalhar muito bem o fator família na composição de essência não só do protagonista, mas como nos demais personagens em gerais a participarem desta primeira adaptação cinematográfica. Ora, se Superman é esperança, Batman a justiça e Mulher Maravilha o poder, Shazam! é nada menos do que a família.
Não o bastante, é o fator família que consegue aqui dar vida a muitas das camadas essenciais que acompanham e compõem Shazam desde suas primeiras histórias. Ou seja, é o drama de órfãos que aprendem e/ou reaprendem o verdadeiro significado de família enquanto lidam com desafios e adversidades num tom leve e colorido.
O elenco de Shazam! tem nomes de peso. E felizmente todos eles conseguem desempenhar bem seus papéis ante a proposta de “essência familiar” do filme. Mais do que isso, elementos como o de um superpoderoso herói com a divertida mentalidade “adolescente” é abordado de maneira convincente por Zachari Levi, que bem assumi a pele de Shazam; ou então o companheirismo entre Billy Batson/Shazam e Fred Freeman, que é idem bem personificado por Asher Angerl/Zachary Levi e Jack Dylan Grazer, tal qual o olhar obcecado e de desprezo pelo Mago é devidamente explicitado pelo Dr. Silvana apresentado por Mark Strong.
Por sua vez, David F. Sandberg nos mostra um incrível trabalho sobre a direção de Shazam!. Digo, o diretor consegue executar bem as essenciais bases dos personagens, usando e apresentando referências significativas vinda de diversos materiais a abordarem da mitologia em que este se inspira. Isso tudo, a medida que propõe uma visão diferenciada (em diversificadas maneiras) para o universo cinematográfico em que se insere.
Ainda que apresente alguns erros particularmente pequenos, Shazam! é definitivamente um longa-metragem que se destaca em tudo que já foi produzido no Universo Cinematográfico DC até então.
Indo além do que discorremos aqui, é normal de se esperar que Shazam! marque seu lugar não só no universo cinematográfico do qual faz parte, mas também na Cultura Pop como um todo. E definitivamente estou ansioso para ver o personagem aparecendo mais vezes no Universo Cinematográfico DC, seja em uma possível sequência, seja como ponta de participação em outros filmes. No mais, que a palavra mágica acompanhe você daqui pra frente e… SHAZAM!
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