É muito difícil encontrar uma carreira na indústria cinematográfica tão cheia de altos e baixos quanto a de M. Night Shyamalan. O diretor, produtor, ator e roteirista ficou conhecido ainda em 1999 com seu filme O Sexto Sentido (1999), uma obra-prima do suspense estrelando Bruce Willis e o jovem rosto de Haley Joel Osment (sim, aquele menininho que mais tarde faria A.I. – Inteligência Artificial). O nome de Shyamalan despontou exponencialmente no meio artístico, principalmente por sua habilidade por contar histórias e trazer finais chocantes e inesperados para um público que já se saturava com os longas do gênero do final do século passado.
Mas falar de Shyamalan é também fazer menção a alguns deslizes complicados que também desmoralizaram seu nome e sua reputação por vários anos, até que se recuperasse. Talvez depois de Sinais (2002), que já não é tão lembrado assim, mas ainda nos trouxe um pouco da originalidade para a temática alienígena, o cineasta tenha deixado o ego subir à sua cabeça e perdido a mão nas obras seguintes. Enquanto A Vila (2004) tenta ser muito mais do que consegue ser e não cria uma atmosfera envolvente o suficiente para trilhar até a virada final, A Dama na Água (2006) já se transforma em um filme pautado na egolatria de seu próprio filmmaker, em que a mitologia por trás dos personagens fabulescos é risível – isso sem falar no prosseguimento narrativo.
Porém, é Fim dos Tempos (2008) e O Último Mestre do Ar (2010) que nos tira todas as esperanças acerca do retorno de Shyamalan à boa forma e deixam bem claro que uma mudança drástica seria necessária – aliás, fica até mesmo difícil acreditar que a mente brilhante por trás de Sexto Sentido (1999) e Corpo Fechado (2000) conseguiria chegar ao fundo do poço dessa maneira. Não seria até 2015 que o diretor recuperaria certo prestígio com o morno, porém bruto, A Visita (2015), chegando à sua glória novamente com Fragmentado (2017), uma construção psicológica e epopeica do mito do herói que inclusive manteve relações com suas primeiras entradas no cinema.
Querendo ou não, os longas de Shyamalan são bastante polêmicos – pelos motivos certos ou errados. Mas não estamos aqui para falar de seus equívocos, mas sim de seus acertos que ainda são adorados por grande parte dos cinéfilos, inclusive a nova geração millenial que agora redescobre os clássicos.
Por isso, separamos uma pequena lista em homenagem à sua mais nova obra, Vidro, que fecha a inesperada trilogia de super-heróis e vilões, na qual contemplamos suas melhores investidas dentro do maravilhoso e fantástico mundo cinematográfico.
Confira abaixo as nossas escolhas e não se esqueça de deixar seu comentário e sugestões para matérias futuras!
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