Diferente do suposto estigma que carrega, a indústria cinematográfica é mais inclusiva do que parece – e por inclusiva, me refiro à fluidez dos diversos componentes que se convergem em um único produto audiovisual. Com a ascensão das minorias sociais e a reivindicação de direitos, migrar de uma posição para outra tornou-se muito fácil, e é por esse motivo que, no cenário contemporâneo, diversos atores e atrizes se aventuraram como diretores e produtores.
Apenas nos últimos anos, nomes bastante conhecidos tomaram as rédeas das mais diversas obras da televisão e do cinema, deixando sua marca e mostrando versatilidade nos mais diversos âmbitos do entretenimento. Selena Gomez invadiu a Netflix ao produzir executivamente o drama tour-de-force 13 Reasons Why, cuja primeira temporada recebeu grande aclamação da crítica. Em 2018, Bradley Cooper investiu seus esforços no quarto remake de Nasce Uma Estrela, em uma estreia diretorial aplaudida e premiada nos principais festivais do mundo – e marcando uma bem provável indicação à próxima edição do Oscar. Angelina Jolie também já mostrou suas habilidades como diretora e produtora em 2014 com Invencível que, mesmo não tendo feito um sucesso na bilheteria, também ganhou prestígio ao ser indicado para três categorias da Academia.
Entretanto, é Edgar Wright o nome que recebe nossa singela homenagem de hoje, visto que o ator e diretor é responsável por alguns dos clássicos de terror cômico do final da década de 1990 e início dos 2000. Para aqueles que não conhecem ou conhecem pouco acerca do nome, Edgar Wright foi responsável por um dos filmes mais irreverentes do gênero zumbi do cinema contemporâneo, Todo Mundo Quase Morto (2004). A fusão de narrativas, que inclusive perpassa pela comédia romântica, traz um roteiro assinado por ele e por Simon Pegg, outro nome do meio artístico bastante conhecido. Insurgindo como a segunda entrada de sua carreira, a produção foi um enorme sucesso, arrecadando três milhões de dólares apenas no final de semana de estreia, além de receber uma indicação ao BAFTA, o Oscar britânico, e emular diversas obras clássicas, como A Noite dos Mortos-Vivos (1968).
Mas não apenas da irreverência fílmica Edgar Wright vive. Ele também foi responsável por assinar o roteiro da animação As Aventuras de Tintim (2011), uma deliciosa aventura baseada nos quadrinhos homônimos e dirigida por Steven Spielberg, que também recebeu uma considerável ovação. No ano passado, Edgar Wright também alcançou outro ápice em sua carreira ao trazer para as telonas Baby Driver (no Brasil recebeu o título de “Em Ritmo de Fuga”), cuja história gira em torno de um jovem motorista de fuga que é movido pelas melhores batidas musicais para fazer um trabalho impecável. Apesar de não ter sido indicado como diretor, seu trabalho foi reconhecido com uma nomeação pela Academia por Melhor Edição.
De qualquer forma, apesar de sua filmografia não ser tão extensa, é certo dizer que Edgar Wright já deixou uma bela marca no circuito artístico e que ele ainda tem muito a oferecer. Por isso, confira a nossa lista, que contempla seus melhores trabalhos como ator, diretor e roteirista – e não se esqueça de deixar seu comentário!
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