Muito mais do que alterar sua logomarca e linha editorial, a DC Comics veio para reinventar – e inovar – seus pilares com a sua nova fase, Renascimento. Para os fãs de longa data, um nome familiar que soa muito além de uma chamada tendenciosa ou ferramenta de marketing. Para os que estão se juntando ao material da editora agora, uma oportunidade única de fazer parte de um“clássico” momento que marcará a história da DC Comics. Neste sentido, em acompanhamento a continuidade dessa fase, faremos a review do segundo volume de The Flash publicado em meados de outubro/novembro pela Panini.
Em The Flash Vol.2 vemos que Barry Allen pode até ser o Homem Mais Rápido do Mundo, mas isso não significa dizer que ele seja capaz de estar em dois lugares ao mesmo tempo. E como se não bastasse ter de lidar com um atroz velocista semeando o caos nas ruas de Central City, e também uma investigação perigosa quanto a uma criatura de sombras, Barry Allen ainda se vê envolvido em uma situação cada vez mais complicada quando descobre que seu protegido Wally West vem combatendo o crime sem nenhuma supervisão.
Ainda sobre o roteiro de Joshua Williamson (também autor de Liga da Justiça vs. Esquadrão Suicida 1), The Flash Vol.2 igualmente mantém a apresentação de uma trama sólida e segura proposta no título inicial. Mas claro que, neste segundo volume Williamson desenvolve de boa maneira as situações em que se propõe a trabalhar.
A evolução expressa ao Velocista Escarlate e seus contextos é notória e bem elaborada, trazendo idem alguns ligeiros elementos que fogem a zona de conforto do personagem e que desta maneira, Williamson procura abrir mão do déjà vu clicherizado abordado no volume anterior (bem como mencionamos na nossa resenha do volume anterior). Digo, além de termos o confronto e resolução de arco do antagonista Deus da Velocidade, vemos Barry Allen lidar, ainda, com diversas formas de monstros que vão desde a Força de Aceleração até a Terra das Sombras. Um prelúdio e tanto que particularmente gostaria de ver Williamson desenvolver num momento futuro.
Com arte assinada por Carmine Di Giandomenico, The Flash Vol.2 esbanja de traços modernos e característicos da cultura pop. Ainda em concordância a minha análise artística do volume anterior, particularmente vejo o traço do Giandomenico como algo contrastante; não é nada péssimo, tem seus momentos altos e atrativos, mas também não é nada exuberante. Contudo, a colorização apresentada a arte do encadernado é harmoniosamente vibrante, complementado assim as possíveis falhas artísticas dos traços apresentados.
Em considerações finais, The Flash Vol.2 é um encadernado cuja trama apresentada é trabalhada de forma sólida e segura, mediando-se em um desenvolvimento bem feito e notório. Quanto aos elementos artísticos apresentados, temos uma arte contrastantes de momentos altos e baixos ante a captação de uma colorização complementar e vívida. Ou seja, a leitura de The Flash Vol.2 acaba por se consolidar numa leitura simplista e esporadicamente satisfatória.
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