Desenvolvido e finalizado graças a uma campanha bem-sucedida no Kickstarter, o indie Olympia Rising, da Paleozoic, capricha no visual e nas mecânicas retrô e apresenta um jogo nostálgico, mas com diversos elementos atuais de storytelling, som e background.
Acompanhamos Iola, uma jovem guerreira que foi lançada ao Hades depois de perecer em batalha antes de atingir glória suficiente para se tornar uma heroína (e acabar os Campos Elísios).
De 100 em 100 anos os espíritos não-corrompidos do submundo têm a chance de se libertar graças a uma espécie de limpeza moral que os deuses gregos realizam com uma maré ácida sobrenatural vinda do subsolo, e é essa a chance de Iola de viver mais uma vez.
A guerreira tem de viajar pelas regiões dos domínios de Hades, lutando contra hordas de criaturas deformadas e corrompidas enquanto tenta escapar e atingir o Monte Olimpo.
Com gráficos extremamente nostálgicos e de um visual bem retrô, somos transportados/as a composições da era inicial do SNES da Nintendo, construindo cenários, personagens, inimigos e itens de maneira original, mas com base bem solidificada em jogos passados.
Melhor jogado em um controle, os comandos são simples e envolvem movimentos (direcionais ou setas), X para o pulo, C para o ataque (o que funciona para os botões do controle como o inferior para pulo, o da esquerda para ataque, sendo configuráveis).
Bem responsivos, ainda temos a combinação de comandos para novos resultados, como combos, pulo duplo, um dash no ar e uma magia de incineração.
Armada com uma espada, Iola pula pelos cenários enquanto através de ataques calculados em ritmos diferenciados.
Os inimigos não são necessariamente um desafio, mas os chefes de nível requerem atenção para reconhecimento de padrões e a aplicação de estratégias contínuas (como praticamente todos os jogos da era SNES).
A dificuldade, no entanto, atinge níveis diferentes que pedem ao jogador pela aplicação de conceitos criativos e permitem que os combos (principalmente aéreos) sejam utilizados das mais diversas formas.
O som é nostálgico, apesar de ter mais força e profundidade, mas é todo baseado em MIDI e às vezes acaba (mesmo assim) sendo estourado, o que acaba incomodando.
A trilha sonora é simples, mas original, e se baseia em conceitos eletrônicos com um fundo da cultura grega, o que marca a evolução da personagem conforme a música e os cenários se desenrolam.
A mitologia grega é o principal pano de fundo, e Iola, apesar de não ter uma personalidade bem desenvolvida, consegue envolver o jogador enquanto um bom avatar de imersão.
A construção de alguém como Samus, da franquia Metroid, poderia tornar as coisas melhores (por mais que não haja resposta direta da personagem durante o jogo, ela se torna marcante pelas coisas que faz e decisões que toma ao longo da história).
Diversas pontes com outros jogos e animações clássicas (como a icônica A Dança dos Esqueletos) são feitas nas elaborações de animações, inimigos e personagens. Existem referências a jogos contemporâneos e pequenas homenagens a outros indies.
Disponível para PC e Wii U, pesar de não ser um jogo memorável, Olympia Rising é um bom passatempo e uma boa visita ao passado.
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