O prefeito da cidade de São Paulo, Fernando Haddad, esteve na manhã do dia 30 de março lançando o circuito público de salas de cinema, SPcine. O circuito foi lançado inicialmente com 20 salas de cinemas que estão abertas em 15 Centros de Educação Unificada (CEU), além de cinco centros culturais. É uma rede popular de cinemas com ingressos subsidiados, mas a população terá acesso gratuito ás sessões. Nos centros culturais, o preço do bilhete varia de R$ 4,00 a R$ 8,00; nos CEUs, é gratuito.
Segundo Haddad, o investimento inicial é de R$7,5 milhões, a programação contará com 200 sessões semanais e uma disponibilidade de 6.500 lugares reunidos em 20 salas. A expectativa é chegar num patamar de 63 mil espectadores por semana e 960 mil por ano. Trata-se da segunda maior rede exibidora na cidade São Paulo, que pretende não só exibir filmes nacionais, mas também as grandes produções Hollywoodianas.
“Nada contra blockbuster, a população da periferia tem direito. Nós queremos passar o Cinemark, a prefeitura quer ser o maior exibidor. Senão o cinema não vai avançar como linguagem”, afirmou Haddad, na coletiva de imprensa.
Mas uma das coisas mais importantes ditas durante a coletiva não veio do prefeito, mas sim, do presidente da SPCine. Segundo Alfredo Manevy, 40% dos paulistanos não foram uma unica vez ao cinema em 2015 e pouco mais de 60 filmes que já foram produzidos, estão aguardando salas para exibição ao público.
“Será o maior circuito público de salas de cinema do Brasil. Desejamos incluir as pessoas nessa experiência, formar público, garantir o direito cultural. A experiência de ir ao cinema é fundamental no mundo de hoje. Por mais incrível que possa parecer, São Paulo é uma cidade onde muitas pessoas nunca foram ao cinema. Haverá uma programação com diversidade de gêneros, público e linguagens”, afirma Alfredo Manevy, presidente da Spcine.
E isso me lembrou uma fala que a produtora do filme Zoom, Andrea Barata Ribeiro, que estreou dia 31 de março, disse durante a coletiva de imprensa do lançamento do filme ao Proibido Ler. Questionada sobre qual a dificuldade de se fazer cinema no Brasil atualmente, a produtora disse o seguinte:
“Hoje em dia não é difícil fazer cinema no Brasil, a maior dificuldade está em fazer o público assistir ao filme“.
Portanto, se Fernando Haddad e o presidente da SPcine, Alfredo Manevy, além do secretário de Cultura, Nabil Bonduki, e secretário de Educação, Gabriel Chalita, cuidar dessa iniciativa com maturidade, poderemos realmente ver alguém batendo de frente com a maior rede exibidora de Cinemas de SP, a Cinemark.
Abaixo você encontra a programação e inauguração das salas nos CEUs:
CEU Butantã – 30 de março
CEU Meninos – 30 de março
CEU Jaçanã – 13 de abril
CEU Quintal do Sol – 17 de abril
CEU São Rafael – 20 de abril
CEU Três Lagos – 24 de abril
CEU Aricanduva – 27 de abril
CEU Caminho do Mar – 1º de maio
CEU Jambeiro – 4 de maio
CEU Vila Atlântica- 8 de maio
Cine Olido – 11 de maio
CEU Perus – 12 de maio
CEU Paz – 15 de maio
CEU Parque Veredas – 18 de maio
CEU Feitiço da Vila – 19 de maio
CEU Vila do Sol – 22 de maio
Biblioteca Roberto Santos – 25 de maio
CCSP – Sala Lima Barreto – 26 de maio
CCSP – Paulo Emílio – 26 de maio
CFC Cidade Tiradentes – 29 de maio
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