American Horror Story voltou de forma triunfante. O público estava preocupado por esta ser a primeira temporada sem a presença de Jessica Lange, o rosto de AHS. Depois todo mundo ficou preocupado quando a presença da cantora Lady Gaga, que entrou em contato com Ryan Murphy para participar da temporada, foi confirmada na série. Quando as informações começaram a serem divulgadas, outra preocupação surgiu, sobre Gaga ser digna ou não do trono deixado por Lange. Felizmente, logo no primeiro episódio desta 5ª temporada, essas preocupações deram lugar à satisfação de ver um elenco ótimo e uma figura feminina de liderança que se destacou por si mesma, sem querer “tomar o lugar” da suprema.
O review a seguir contém spoilers e, mediante aviso, a leitura do mesmo é de total responsabilidade do leitor.
Este episódio da antologia é ambientado no Hotel Cortez – um lugar maravilhoso, requintado, antigo e cheio de corredores que guardam segredos. Conhecemos o lugar pelos olhos de duas garotas suecas, que rapidamente descobrem um monstro escondido em seu colchão, duas crianças vampiras, sangue por todo lado e Kathy Bates tentando alimentá-las com um cano para fazê-las terem um “gosto melhor”. E tudo isso é apenas uma partezinha minúscula da superfície do iceberg de mistérios que é este Hotel.
O que me fez aumentar as expectativas para esta temporada (confesso que deixei minhas expectativas no chão exatamente para me surpreender positivamente ou não me decepcionar, já que Coven e Freak Show foram péssimas) foi o quão diferente esta nova história se mostrou em relação às demais. Hotel é muito mais sobre atmosfera do que sobre a história em si. Cenas longas, cenas usando a lente “olho de peixe” e uma sensação surreal, são os pontos que definem este episódio. Nós caminhamos pelos corredores junto aos personagens, com o frio na barriga de não saber o que estará nos esperando ao virar a esquina.
Mas calma, o episódio também tem história. Logo conhecemos um detetive interpretado por Wes Bentley, que teve o filho sequestrado e o casamento está caminhando para o término. Ao lado dele, um serial killer misterioso que mata suas vítimas de acordo com os 10 Mandamentos e deixou sua cena do crime com uma das imagens mais nojentas e cruéis já mostradas na série: um homem e uma mulher, que estavam traindo seus respectivos pares, castigados. A mulher foi empalada e o homem teve seus olhos e língua arrancados. Seu pênis ainda está dentro da mulher, colado. E a pior parte: ele ainda está vivo.
Embora seja pesada, esta não é a cena mais perturbadora deste episódio. Um viciado se hospeda no hotel e temos o primeiro vislumbre da maravilhosa Sarah Paulson – que está finalmente interpretando uma vilã, Sally. O que acontece depois é de revirar o estômago até dos mais fortes: Sally atormentando o viciado, enquanto este é estuprado por um demônio que possui uma broca no lugar do pênis. É.
Tudo isso rola antes de Lady Gaga fazer sua entrada, executando uma cena claramente inspirada no começo do filme “Fome” (2008), ao som de “Tear You Apart”. Gaga é acompanhada pelo ridiculamente lindo Matt Bomer, que foi tão mal aproveitado na temporada anterior, que ganhou um papel de destaque nesta aqui. Ambos convidam um casal aleatório para uma orgia, e após uma sórdida cena de sexo, rasgam as gargantas de seus convidados e bebem seu sangue.
O plot desta temporada ainda não ficou 100% claro, mas é o primeiro episódio, vamos dar tempo ao tempo. A dúvida que paira em minha mente deste que assisti “Checking In” é sobre quem é o vilão da história. Será a Condessa que bebe sangue e sequestra criancinhas? O serial killer misterioso? São os demônios do Hotel Cortez? Ou será algo que ainda não foi mostrado?
Há também uma ligação com a 1ª temporada (sim, logo no piloto!), mais mistério, morte, violência e fatos perturbadores. Os outros personagens estão maravilhosos, com destaque para Denis O’Hare como Liz Taylor. O que, aparentemente, diferencia esta temporada das demais, é o fato de não ter – além do personagem de Bentley e sua esposa (interpretada por Chlöe Sevigny) – pessoas verdadeiramente inocentes. Gaga está deslumbrante e calou a boca de todos (incluindo a minha) que duvidaram de sua performance. Se a temporada seguir o ritmo do piloto, será ainda melhor que Asylum, a número 1 no coração dos fãs.
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