Em estágio final de desenvolvimento, o interessante game de visual decadente, The Flock, traz uma mecânica criativa, uma história interessante e, finalmente, um “final” um tanto quanto… peculiar (e extremo): assim que todos os jogadores morrerem in game, a contagem da população do jogo chegará a zero e ele não será mais jogável.
Com conceito polêmico, mas sem dúvidas criativo, The Flock vem sido desenvolvido pela indie holandesa Vogelsap, empresa independente responsável pelo também interessante “The Revealing: Revealed” (que pode ser baixado no site da desenvolvedora), game em que com a ajuda de outro player, você defende um cristal das forças da escuridão – o detalhe é que você não enxerga quase nada até que encontre o outro jogador – e seu inimigo é revelado.

A ambientação do game em questão é o próprio planeta Terra por volta do ano 3000. Desolada, esgotada, destruída e extremamente poluída, a Terra praticamente não consegue mais suportar suas formas de vida. Seres humanos foram extintos e, em seu lugar, uma nova espécie adquiriu o “controle” sobre o terreno arruinado, criaturas sombrias de pele corroída que fazem parte d’O Rebanho (ou The Flock, em inglês).
Prédios tombados, estruturas com esqueletos de metal estripados para os lados, enormes buracos e ruínas de pedra e cimento, além de uma perpétua escuridão, que traz nuances de uma penumbra mórbida, implantam o tema do game.
Os jogadores tomam controle em primeira pessoa, inicialmente, das criaturas do rebanho, que se deparam com uma situação nova quando uma estranha relíquia dourada surge do espaço.
A primeira monstruosidade (ou jogador) ao chegar à relíquia, sofrerá uma mutação, sendo transformado no Carrier. Este, por sua vez, carregará o novo objeto, que emitirá um feixe concentrado de luz capaz de destruir os membros do rebanho, e esta será a sua missão.
O rebanho, por sua vez, deverá escapar das investidas do Carrier, e ao mesmo tempo caçá-lo. O detalhe é que a criatura/jogador que eliminar o Carrier, entrará também em contato com a relíquia e se tornará o próximo portador da mesma, reiniciando o ciclo em que todos são, ao mesmo tempo, caça e caçador.
O game, jogado inteira e exclusivamente em multiplayer, chegará ao seu fim derradeiro quando todas as criaturas forem eliminadas, e então só sobrar o Carrier e a relíquia. As partidas serão restritas de 3 a 5 jogadores por “caçada”.
E com o final da população do rebanho, o jogo se tornará indisponível para qualquer um, tendo em vista que o servidor, monitorado pela equipe da Vogelsap, será apagado assim que o aviso de “fim” chegar.
Porém, conforme o número de criaturas chegar a um número reduzido suficiente, haverá uma espécie de conclusão cinematográfica à história de The Flock, da qual, somente os últimos sobreviventes farão parte. O final ainda é, obviamente, um mistério.
A empresa holandesa, formada por apenas 12 desenvolvedores, ainda estuda quanto o jogo irá custar, tendo em vista a lucratividade e, ao mesmo tempo, uma dispersão grande o suficiente para que a mecânica funcione.
Com previsão de lançamento apenas para PC, detalhes de se o game seria levado para outras plataformas com o sistema de cross-platform, ou seja, em que jogadores em diferentes consoles e plataformas interagiriam dentro do mesmo servidor, não foram nem negadas, nem confirmadas. The Flock sairá em meados de Outubro.
E vocês, o que acham dessa estranha mecânica?
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