Estamos quase no fim. A penúltima parte da saga que abre as portas para o novo Universo DC que surge em 2015 chega as bancas esta semana. E o conflito iniciado contra o vilão Deimos na edição anterior prossegue com força total. Nesta edição temos uma participação mais efetiva dos heróis DC Comics pós Flashpoint, mas a história continua focada no Planeta Telos e sua batalha contra o poder temporal do mago Deimos de Skartaris.
O roteirista Jeff King co-escreve esta parte da saga com o veterano Scott Lobdell. Começamos com muita ação na luta entre os heróis e vilões que apoiam Deimos e a força de coalizão das cidades da convergência, além de cenas apocalípticas na Terra-0 com um elenco bem familiar. Ao final temos um início de resolução para a confusão multiversal que se instalou durante a saga, e é aí que jaz o problema principal de Convergence. O destino de Deimos é simplório pra dizer o mínimo, mundano se comparado ao que já foi feito nesta editora em sagas deste tipo. A maneira como Deimos e Telos aparentemente terminam seu conflito é extremamente anti climática, pobre e descartável. O artifício utillizado pelos autores para terminar o conflito entre os super-seres é o mais infantil que se poderia pensar e nem vale a pena mencionar aqui. Com isso, dois seres que aparentemente tem poder sobre realidades e linhas temporais e são capazes de aprisionar e manter os maiores heróis do multiverso em cativeiro por um ano inteiro são reduzidos a meros bandidinhos. A edição toda acaba sendo um amontoado de super heróis se batendo em um cenário desolado e dois vilões que não botam medo em ninguém e aparentemente vão re-moldar o Universo DC.
A arte nesta sétima parte felizmente faz de tudo para valorizar a pobreza do roteiro. Aaron Lopresti tem um trabalho gigantesco tentando tornar interessante uma edição que é basicamente uma grande cena de batalha meio sem propósito. O desenhista trata com cuidado e esmero todas as versões de personagens do multiverso e as cenas com os heróis da Terra-0 são lindíssimas e dignas da magnitude proposta (não apresentada) pelo evento.
Leia mais: A lista completa das animações da DC Comics
Convergence #7 é a primeira edição que de fato decepciona o leitor durante o curso da saga. No decorrer da história houve momentos de marasmo sim e no geral o clima da série principal vinha um pouco morno, mas com um desenvolvimento de roteiro razoável. Aqui realmente a equipe de roteiristas dá uma escorregada principalmente na situação entre Deimos e seus aliados. O que segue é uma resolução apressada e temos a impressão de que a jornada toda não tem muita importância e sim o ponto de chegada, que no caso é o novo Universo DC que se inicia em Junho. É uma pena pois a saga, apesar de não ser espetacular, tinha uma proposta interessante, um elenco principal forte, vilões com interesses em conflito e uma arte em geral boa. Infelizmente a equipe de roteiristas se deixou levar por um atalho narrativo que condenou um trabalho que poderia ter uma conclusão um pouco mais digna.
ACOMPANHE TODAS AS RESENHAS DE CONVERGENCE:
Comentários
Loading…