A nova linha de títulos da DC Comics estreia agora em Junho (veja a linha toda clicando aqui) e vem trazendo um enorme quantidade de revistas inéditas, explorando um lado mais lúdico e casual de seus personagens. Um desses títulos é Estelar protagonizado pela jovem princesa do planeta Tamaran, Koriand’r. O novo título da personagem popularizada nas histórias dos Titãs será escrito pela dupla responsável pelo sucesso de vendas e crítica Arlequina (que nós já resenhamos aqui), o casal de escritores Jimmy Palmiotti e Amanda Conner. Para divulgar o novo título de Estelar, falar um pouco sobre o futuro de Harley Quinn e sobre a DC Comics após Convergence, Jimmy nos concedeu um pouco de seu tempo para uma entrevista. Leia abaixo:
PROIBIDO LER: Então, Estelar está de mudança para Key West (na Flórida) e ela quer levar uma vida normal. Uma premissa simples e eficaz. O que podemos esperar de seu novo título solo?
Jimmy Palmiotti: Você deve esperar que ela TENTARÁ levar uma vida normal, mas que não será nada disso. Esperem muita diversão, relacionamentos e aventura com vilões e desastres naturais brotando de todos os cantos.

PL: Eu estava lendo a prévia de oito páginas de Starfire (publicado em Convergence: The Question #2) e fiquei torcendo para o Superman recomendar o Rio de Janeiro para Estelar morar (Na história Koriand’r pede conselhos aos amigos sobre onde deve recomeçar sua nova vida). As pessoas já meio que se vestem como a Estelar aqui durante praticamente o ano todo, e aqui é como Key West, com a exceção de que ela teria de prender alguns traficantes eventualmente. Você consideraria esta ideia? (risos)
Palmiotti: Honestamente, eu nunca estive no Rio de Janeiro, então a ideia de Amanda (Conner) e eu escrevermos uma aventura assim deixaria algumas pessoas putas porque não saberíamos do que estamos falando. Dito isto, tendo em vista que ela voa, não há motivo que a impeça de tirar um tempo livre e ter alguma aventura por aí no futuro.

PL: Alguns fãs gostariam que vocês explicassem o motivo de Estelar usar roupas tão curtas…
Palmiotti: Tem sido uma tradição, tendo em vista que ela é uma personagem de natureza hedonista. Ela não vestiria roupa alguma se dependesse dela, mas é uma revista de classificação livre. Eu culpo o calor.
PL: Sinto que, de alguma forma, Estelar tem um início similar ao que Amanda e você fizeram em Arlequina. Você pode traçar um paralelo entre esses dois pontos de partida?
Palmiotti: Nós iniciamos os dois títulos com um novo elenco de apoio e um novo cenário, porque amarrar tudo à continuidade nem sempre atrai novos leitores para a revista. Assim como quando você tem um personagem que sempre foi dependente de outros personagens por muito tempo, é bom dar a eles uma vida própria e um elenco de apoio próprio. Dito isto, na edição de número 3, nós teremos um convidado que as pessoas vivem pedindo para Amanda e eu trazermos de volta.
PL: Falando em Harley, o que você pode nos dizer sobre a nova Gangue das Harleys que estreia na edição número 16 de Arlequina?
Palmiotti: Eu sugiro você pegar Convergence: Plastic Man #2 porque essa história de oito páginas explica todos os personagens do novo elenco em mais detalhes… Mas elas são um grupo de encrenqueiras escolhidas a dedo que trabalharão com Harley para limpar as ruas de Nova Iorque por um preço.
PL: Arlequina é um título super violento, divertido e direto, com uma arte preciosa do Sr. Chad Hardin. Fico feliz que a equipe criativa tenha sido mantida e espero que vocês não mudem o tom desta revista. Há alguma diferença entre o título antes e depois de Convergence?
Palmiotti: Nem um pouco. Nós ignoramos o que eles (a DC Comics) fizeram, e é como se tivéssemos tirado uma folga de dois meses e agora voltamos na mesma história. Além do teaser que mencionamos, a história continua do ponto em que paramos (antes de Convergence). A lacuna foi o tempo de publicação, não a história.
PL: Eu li algumas entrevistas nas quais você e Amanda afirmam que não esperavam que Arlequina obtivesse a resposta tão positiva que tem atualmente. Quase dois anos após aquela louca edição zero, como você enxerga sua passagem pelo título?

Palmiotti: Eu vejo e espero que tenhamos mais pessoas lendo a revista daqui pra frente, e talvez, cheguemos ao ponto de botar o Batman para trás (risos)… Sério, nós só estamos muito felizes que os bons amigos da DC Comics estão deixando nós dois fazermos o que fazemos melhor, e aturando a nossa insanidade.
PL: Eu fiquei curioso com a edição tie in de Arlequina na saga Futures End (a história se passa cinco anos no futuro do Universo DC) na qual ela e o Coringa partem em lua-de-mel. Vocês estão planejando explorar o relacionamento deles mais profundamente no futuro próximo?
Palmiotti: Sim, por volta da edição número 25, nós planejamos uma história com o Senhor J. que será muito legal.
PL: Vocês ainda estão escrevendo a nova mini-série Arlequina/Poderosa. Seria esta uma continuação da história iniciada na edição #12 de Harley Quinn (que tem participação da heroína)? O que você pode nos contar sobre esta mini-série?

Palmiotti: Esta é uma aventura espacial totalmente cósmica, protagonizada por duas super-heroínas incompatíveis, tentando manter a galáxia sexy e envolvendo um Vartox que foi sequestrado. É divertida, engraçada e fora de controle. A revista não tem nada a ver com qualquer outra coisa que já tenhamos feito antes de ter o (ilustrador) Justin Gray trabalhando conosco. Tem sido uma delícia. São seis edições, mas cara, que viagem nós vamos ter.
PL: Como parte do público, me parece que títulos mais casuais, mais fáceis para o leitor e divertidos são a nova direção que a DC Comics está tomando após Convergence. Você enxerga seu trabalho em Arlequina como um dos catalisadores dessa mudança de tom?
Palmiotti: Eu acho que a nossa série antiga da Poderosa e a Harley abriram o caminho, através das vendas, para a empresa de repente perceber que o que estávamos fazendo talvez funcionasse em outros lugares como em Batgirl (referindo-se à nova fase escrita por Brenden Fletcher e Cameron Stewart que já entrevistamos aqui) e em alguns dos novos títulos vindouros. Vamos torcer para que isso funcione mesmo. Harley foi revolucionária de uma forma para a DC Comics porque o tom que ela determinou nas histórias era diferente e vendeu como água. É difícil ignorar estas coisas quando acontecem.

PL: Finalmente, com a chegada dos novos títulos da DC Comics em Junho, o que você está mais empolgado para ler?
Palmiotti: Tirando os nossos títulos, eu acho que Bizarro (de Heath Corson e Gustavo Duarte) e Prez (de Mark Russel e Ben Caldwell) são os mais ‘não convencionais’, e eu amo muito o ‘não convencional’. Mas eu vou dar uma chance a todos os títulos, acredite.
Gostaríamos de agradecer imensamente ao Jimmy Palmiotti por ceder um pouco de seu tempo para esta entrevista.
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