Doomed ‘n Damned | Um arcade brasileiro que tem chamado atenção

Seguindo as características fundamentais dos arcades em plataforma dos anos 90, um desenvolvedor de games recifense reviveu o gênero com uma roupagem mais moderna. Lançado para PC e Mac através do STEAM, o jogo Doomed ‘n Damned tem chamado bastante atenção, principalmente da Microsoft e da Nintendo, que pretendem lançar o game em seus respectivos consoles.

Claudio Lins, criador da empresa Arc-en Gen, foi o único responsável pelo desenvolvimento do game, inicialmente criado a partir de programação em HTML5.

Segundo Lins, a ideia foi a de trazer de volta à dinâmica insubstituível dos antigos jogos do gênero, mas com uma roupagem diferenciada, um visual mais limpo e movimentação mais fluida.

Baseado nos games feitos para consoles 16 bit, Claudio nos apresenta em Doomed ‘n Damned uma espécie de side scrolling simples e eficaz: o jogador tem de completar objetivos claros, seja ao derrotar inimigos, passar ileso por armadilhas e derrotar (gigantescos) chefes, ou tudo isso ao mesmo tempo – como nos primeiros e saudosos Castlevania.

Natural de Pernambuco, Claudio se mudou com sua esposa para Helsinki, na Finlândia. A esposa de Lins foi contratada com game designer por uma empresa finlandesa, e é a responsável pelo estrondoso sucesso dos mobiles que é Clash of Clans.

Sobre o processo de criação, Lins deixou bem claro ter sido uma experiência bastante complexa e enriquecedora, principalmente por envolver coisas que não eram da sua área, como a programação. Apesar dos muitos erros e horas de trabalho a fim de substituir uma equipe, Lins mostrou o tamanho de seu talento na versão final, que segundo o próprio, lhe deixou imensamente satisfeito.

Uma nova versão do game, sofrendo um polimento maior através do motor gráfico da Unity, passará para Xbox One e Wii U, promovendo exatamente aquilo o que Claudio busca desde o começo: um visual fantástico e caprichado para um gênero insubstituível. O desenvolvedor recifense apresentou seu jogo na feira de games indie alemã A MAZE, em sua edição de 2014, e com sucesso e atenção despertados, ele tem intenção de leva-lo a E3 desse ano. Claudio busca tornar seu jogo um multiplataformas, e admitiu estar em negociação com a Sony faz algum tempo.

A previsão de chegada da versão “Super” do game está marcada para o segundo semestre desse ano, provavelmente depois a apresentação em Los Angeles, que acontecerá em junho.

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