A conta chegou para a franquia “Velozes e Furiosos”, cuja franquia produziu um total de 7 filmes. O primeiro estreou em 2001, e o sétimo filme, agora em 2015, finaliza essa longa jornada. De lá para cá a franquia passou por diversas alterações, tanto em sua temática, quanto em elenco, produção, diretores e etc. Os três primeiros filmes que tiveram uma forte influência da cultura do “tunning”, já não representam a franquia desde sua sexta edição. Os carros, hoje, servem apenas como pano de fundo de uma trama que envolve crimes contra o governo e vingança entre as gangues.
Velozes e Furiosos 7 parece um novo filme diante de tudo que vimos nos anteriores, a “Famiglia Toretto” tem que enfrentar algumas consequências adquiridas em Londres. O irmão de Owen Shaw (Lucke Evas – vilão do sexto filme), Deckard Shaw (Jason Statham), é o novo vilão da história. Sua missão é vingar seu irmão que está em estado crítico num hospital de Los Angeles. Toretto e Cia, com ajuda do Governo, e de Dwayne “The Rock” Johnson, farão de tudo para impedir um dos maiores vilões que a franquia já teve.
O longa tem cenas de ação eletrizantes do começo ao fim, e por vezes, mal dá tempo de respirar entre uma e outra. Os combates corpo a corpo são bem coreografados, com cenas em ângulos mais fechados que favorecem – e muito – o 3D, até tomadas um pouco mais abertas para dar dimensão ao estrago desses doces encontros. Os exageros não ficam de lado, aliás, desde que a franquia adotou uma postura inverossímil, ficou muito mais fácil aceitar o filme e se divertir com ele. Aqui, todos os exageros funcionam – você nem se incomoda se não escorre uma gota de sangue do rosto de Vin Diesel ou de Paul Walker, mesmo que ele tenha caído de um penhasco a mais de 100 metros de altitude, o carro tenha capotado algumas vezes e seu resultado seja pior que uma compactadora de automóveis. Se ambos saírem ilesos da cena é o que importa, pois você terá a certeza de que acabou de assistir algo que faz parte da premissa de “Velozes e Furiosos”.
Todos os clichês também são bem-vindos, e Dwayne Johnson é mestre neste sentido. Vin Diesel não fica atrás – seus jargões antes ou durante as lutas corporais com Jason Statham e sua postura entre um golpe e outro, dão o tom esperado ao longa.
Destaque para Roman Pearce, papel de Tyrese Gibson, pois é dele que vem o alívio cômico. Além de rir com os exageros da produção, Roman Pearce é o encarregado de deixar tudo mais leve neste ritmo acelerado.
A escolha de Jason Statham para o papel do antagonista foi perfeita. Ele tem cara de vilão (aquela figura que intimida, que aparece em cena e você pensa “agora a porra ficou séria”, sabe?), e até o nome dado ao personagem, “Deckard Shaw”, carrega essa característica . Destaque para as lutas entre Jason x Dwayne e Jason x Diesel, são de tirar o fôlego. E também para as participações de Ronda Rousey e Nathalie Emmanuel.
Velozes e Furiosos 7 é um filme feito com mais cuidado que seus antecessores, talvez pelo fato da morte do Paul Walker ter pesado um pouco e a necessidade de fazer algo incrível era o mínimo que eles poderiam entregar para homenagear o ator. Quando eu digo “cuidado” não é em relação à veracidade das cenas, que em muitos casos, desafiam as leis da física – mas em trazer qualidade nos efeitos especiais, nas cenas de luta e de perseguição, reunir um elenco de peso que tem a cara da franquia e caprichar quase que exacerbadamente na produção. Era impossível fazer o filme sem o Paul Walker e garanto que eles se desdobraram, se esforçaram e deram o máximo para manter vivo o espírito de Paul dentro de aproximadamente 2h30 minutos de exibição.
A homenagem feita à Paul Walker chega a emocionar, de forma simples e metafórica, eles conseguiram dar a Paul um agradecimento a sua altura.

Velozes e Furiosos 7 é um filme divertido, eletrizante do começo ao fim, aqui todos os exageros, jargões e clichês funcionam com maestria. Com certeza é o melhor filme da franquia, que encerra com chave de ouro algo que nos proporcionou tanto conhecimento e diversão. Se não fosse ele, jogos como Need For Speed Underground 1 e 2 não teriam existido, a cultura do “Tunning” não seria tão viva como é até hoje no Brasil e garanto que tanto eu quanto você jamais saberia do que se tratava um “NOS” – Nitrous Oxide Systems; não que isso seja importante, entretanto, foi por causa de “Velozes e Furiosos” que coisas desse tipo se popularizaram no mundo.

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