Esta é a segunda parte do crossover entre os Lanternas (não só a Tropa Verde) e os Novos Deuses chamado Godhead. Mogo, o planeta vivo, perdeu seu anel e o novo quartel-general da Tropa Verde está se deteriorando cada vez mais rápido. Também descobrimos que a intenção do Grande Pai é de fato descobrir de qualquer maneira o paradeiro de Kyle Rayner, o Lanterna Branco e chegar até a “Fonte” representada pela muralha nos confins dos universos DC. Então o que temos nesta edição aqui é um puta conflito entre as forças de Nova Genese e a Tropa dos Lanternas Verdes. Cenas incríveis de batalhas espaciais e uma linda surra de Orion em Hal Jordan.
O roteirista Robert Venditti nos entrega uma edição bem consistente para esta segunda parte e estabelece uma motivação bem clara para o conflito dos dois lados. A postura dos Novos Deuses em relação as Tropas é bem interessante. O roteiro é basicamente um esforço desesperado dos Lanternas para combater essas forças desconhecidas ainda para qualquer ser do Universo DC e a batalha é brutal e existem sim muitas baixas para a Tropa.
A arte de Billy Tan sofreu uma evolução significativa desde que o ilustrador substituiu Doug Mahnke no final do run do autor Geoff Johns. Tan aqui faz o seu melhor trabalho na HQ do Lanterna desde que estreou e temos caracterizações excelentes de todo o elenco, principalmente Metron, Orion e as forças de Nova Genese. As cenas de batalha são épicas como devem ser e o volume de personagens por quadros não intimida o desenhista, que consegue manter uma consistência impressionante em todas as páginas da revista. Arte de primeira e é muito bom acompanhar a evolução de um desenhista que sempre achei mediano a um patamar elevado como este.
Godhead é um evento muito interessante e apesar da premissa um pouco viajante inicialmente é digno do universo cósmico da DC. Esta segunda parte deixa um pouco de lado as explicações o coloca os moleques pra “brincar” (leia-se cair na porrada). É muito bom ver o panteão de Nova Gênese explorando o Universo DC e aprontando com as Tropas dos Lanternas. O argumento aqui não tem nada de sensacional, mas é perfeito para fãs da parte cósmica da DC e para quem já estava acompanhando os eventos da mensal do Lanterna Verde. A arte de Billy Tan melhorou muito mesmo e é épica, grandiosa e bem detalhada nesta edição, finalmente. Uma leitura bem divertida e que promete mudar bastante coisa no universo dos Lanternas e dos Novos Deuses daqui para frente.
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