Estamos literalmente à beira do evento aracnídeo do ano chamado Spider-Verse. Como visto em Superior Spider-Man #32, existe um assassino transitando pelas múltiplas linhas temporais da Marvel apagando todos os possíveis Homens-Aranha (acertei o plural?). Otto Octavius, o Aranha Superior ciente deste fato recruta um esquadrão de Cabeças-de-teia para combater o vilão.
Edge of Spider-Verse introduz (ou re-introduz) os principais protagonistas do futuro evento. E nesta primeira edição temos a volta do Homem-Aranha Noir. Pra quem não está familiarizado com o personagem os autores David Hine e Fabrice Sapolski fazem um ótimo trabalho reapresentando o personagem, contextualizando a pequena trama desta edição na Nova York de 1939, explicando a origem de seus poderes e até mostrando vários inimigos clássicos do Aranha nesta versão. Infelizmente, é só isso mesmo. Excluindo a parte final da história não há conexão alguma com a futura saga. O roteiro é bem certinho e não tem furos, mas não é nada indispensável ou fora do normal.
A arte de Richard Isanove é perfeita para este tipo de HQ. O uso de sombras, o design dos quadros, os cenários antigos, a caracterização (roupas, penteados, objetos de cena)… É tudo perfeitamente detalhado e projetado para refletir uma história que se passa no final dos anos 1930. As cenas de ação são belíssimas e todo o acabamento e colorização da história é de primeira.
Edge of Spider-Verse #1 é uma leitura razoável. Este roteiro cumpre muito bem o papel de apresentar todo mundo, mas não é nem de longe uma leitura muito empolgante ou que te coloque pra devorar páginas. A arte é o destaque da revista, Richard Isanove é uma escolha perfeita para este tipo de ambientação. No entanto, a relação desta edição com a saga principal é quase que nula e só aconselho a leitura somente para quem realmente queira conhecer o personagem, ou para fãs saudosos desta versão do Aranha.
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