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HQ do dia | Infinity Man and the Forever People #1

Dan Didio e Keith Giffen tiveram uma estréia bem morna nos Novos 52 em 2011 com o título OMAC, a crítica especializada e os leitores nãoHQ do dia | Infinity Man and the Forever People #1 viram nada demais na série e a mesma terminou após somente oito edições. A dupla agora se junta novamente para nos trazer o primeiro título na DC Comics pós-reboot estrelado por personagens de Nova Gênese.

Infinity Man and the Forever People conta a história de quatro estudantes de Nova Gênese que chegam a Terra para uma espécie de “programa de intercâmbio dimensional” e a princípio descobrem uma grande ameaça ao Multiverso DC. Nesta primeira edição Didio e Giffen não chegam de fato a apresentar nenhuma grande ameaça, nem Infinity Man. A história deste número 1 se atém às apresentações dos personagens e traça alguns paralelos entre a vida em Nova Gênese e na Califórnia. O roteiro é bem simples e os personagens são distintos entre si, sendo apresentados de maneira inteligente pelos roteiristas através de “Kirby” (uma das múltiplas referências ao autor), a inteligência artificial responsável pelo “cafofo” dos estudantes. São 20 páginas de homenagens justíssimas às criações e conceitos de Jack Kirby interligadas por um roteiro bem simples, direto e totalmente inteligível para os novos leitores.

A arte de Keith Giffen, pra quem não está acostumado, remonta ao traço clássico de HQs das décades de 1970-80. Rostos bem angulares, enquadramento “basicão” e sem frescura, tomadas simples e design de personagens bem retrô mesmo. Se você está esperando alguma coisa mais avant-gard em termos de desenho, pode esquecer. Forever People fede a sebo e, não fosse pela colorização que usa técnicas mais modernas, poderia ser lançada facilmente em 1985 em “formatinho” pela editora Abril. A arte combina muito bem com o roteiro e acho que o grande charme desta primeira edição é a sensação de nostalgia que a parte visual causa no leitor.

Forever People 1 é uma estréia bem interessante. Analisando friamente o roteiro em si não tem nada demais e o elenco é cheio de estereótipos. É aquela velha premissa de “personagens fora de seu ambiente” que já vimos em muitas outras histórias por aí. No entanto, a honestidade do trabalho da equipe criativa apela diretamente para aquela nossa veia saudosista e resgata lembranças de tempos em que as histórias em quadrinhos eram menos complicadas. Este elenco e o tipo de abordagem usada presta uma bela homenagem à Nova Gênese e introduz o conceito dos Novos Deuses de maneira amigável e sutil no Universo DC pós-Novos 52. Uma leitura prazerosa e divertida, mas que não deve agradar a geração “massavéi”.

Escrito por Igor Tavares

Carioca do Penhão. HQ e Videogames desde 1988. Bateria desde 1996. Figuras de ação desde 1997. Impropérios aleatórios desde 1983.

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